Após prisão de Bruno, goleiro Luan Polli retoma titularidade e vive recomeço no Boa Esporte

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
01/05/2017 às 19:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:21

Recomeço. Esta é a palavra que melhor define a relação entre o goleiro Luan Polli e o Boa Esporte, clube que defende desde 2016. Dono da posição no início desta temporada, o catarinense, de 24 anos, voltou ao banco de reservas com a chegada de Bruno Fernandes. Porém, com a volta do “concorrente” à prisão, na semana passada, ele recebeu de volta a camisa 1.

Reserva de Alex Muralha – goleiro que hoje defende o Flamengo e a Seleção Brasileira – no Figueirense, Polli precisou de paciência até se tornar destaque na Coruja do Sul de Minas. No ano passado, ele estava entre os suplentes na disputa da Série C do Brasileirão.

Com a titularidade conquistada logo no primeiro jogo em 2017, o goleiro, que mora em Varginha com a noiva Ellen e o cão Fred, chegou a ficar quatro jogos sem levar gols. 
Um dos responsáveis por classificar a equipe para o hexagonal final do Módulo II do Mineiro, Luan perdeu o posto para Bruno, que retornara ao futebol após sete anos preso, pela participação na morte da ex-amante, Eliza Samudio. Um baque para ele.

“Sabíamos que chegaria outro goleiro, só não sabíamos o nome. Ficamos surpresos quando anunciaram o Bruno”, conta Luan. “Trabalhamos com as mesmas pessoas no Flamengo, e tive ótimas referências dele como pessoa e profissional”, acrescenta. No rubro-negro carioca, Polli atuou no Sub-20 e fez apenas uma partida na equipe principal, em 2014. 

Titular na vitória do Boa sobre o Nacional, por 2 a 1, no último domingo (30) – jogo que marcou seu retorno ao time –, o goleiro saiu de campo como um dos destaques da equipe.

“Fiz um ótimo jogo. Agora, para coroar nossa evolução, queremos o título”, diz. 

Inspiração

Nascido na pequena Meleiro, cidade catarinense com menos de 10 mil habitantes, Luan se inspirou no pai para se tornar jogador. Morto num acidente automobilístico, quando o goleiro tinha apenas 8 anos, o caminhoneiro Nevílson atuava na várzea, também como camisa 1.

“Estava em casa, onde tínhamos uma dispensa com um monte de “tranqueiras”. Lá, acabei encontrando uma chuteira, que minha mãe (Benta) me falou que era do meu pai. Foi aí que eu quis entrar numa escolinha e como tudo começou”, finaliza.

“O Bruno trabalha sério e tem um potencial gigante. O que fez fora de campo não posso julgar. Eu aprendi muito com ele no Boa”
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