Há quatro meses o técnico do Cruzeiro é o gaúcho Mano Menezes, mas, em um passado bem recente, antes de confirmar o retorno do atual comandante – demitido do futebol chinês -, a diretoria apostou no português Paulo Bento para substituir o contestado e inexperiente Deivid. O europeu só chegou à Toca, porque três outros profissionais convidados antes disseram “não” aos dirigentes azuis: Ricardo Gomes, Marcelo Oliveira e Jorginho.
Além da negativa à equipe celeste durante o Campeonato Brasileiro, o que os Gomes, Oliveira e Jorginho têm em comum neste fim de temporada? Estão desempregados, enquanto a Raposa faz, até aqui, a quinta melhor campanha do returno com Mano à frente do grupo.
O primeiro a dizer não ao Cruzeiro foi Jorginho, desligado do Vasco nesta segunda-feira. No sábado, o treinador finalizou seu trabalho no clube e confirmou, após muito sufoco, o acesso dos cariocas à Série A. O treinador não se manteve em São Januário por causa da queda brusca de rendimento na Segundona. O Cruzmaltino chegou a liderar com folga a competição no primeiro turno, mas acabou garantindo vaga na Primeira Divisão apenas na última rodada. E o pior, sem o tão esperado título.
Outro que rejeitou o Cruzeiro e trabalhou no futebol carioca em 2016 foi Ricardo Gomes. Em maio deste ano, à época ainda no Botafogo, Ricardo Gomes recebia salário de R$ 120 mil e a investida celeste triplicaria o salário do treinador. Entretanto, o técnico preferiu continuar no clube alvinegro, de onde saiu em junho para treinar o São Paulo. No fim de novembro, Gomes já havia sido demitido. O Tricolor Paulista apostará no ex-goleiro e um dos ícones da história do clube, Rogério Ceni, no ano que vem.
E justamente o nome de Ricardo Gomes é especulado para substituir Jorginho no Vasco da Gama.
Já Marcelo Oliveira disse não aos dirigentes celestes com a justificativa de que acertaria sua ida ao exterior. Mas, o ex-cruzeirense acabou mesmo retornando ao Atlético, onde recebeu a primeira chance no futebol profissional, vindo das categorias de base do próprio time alvinegro.
Na última quinta-feira, Oliveira, que perdeu um dia antes o primeiro jogo da final da Copa do Brasil para o Grêmio, por 3 a 1, perdeu o emprego. O treinador chegou à Cidade do Galo em maio, e sete meses depois perdeu o emprego.