Apesar de fórmula mais democrática, Mineiro ainda tem capital reinando sobre o interior

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
14/04/2017 às 15:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:08

Depois de fórmulas diferentes nos três primeiros Campeonatos Mineiros deste século, sendo que o de 2002 nem contou com América, Atlético, Cruzeiro e Mamoré, que no período disputaram a já extinta Copa Sul-Minas, o Estadual passou a ter um formato fixo a partir de 2004, última edição com 14 clubes, pois em 2005 já eram 12, como agora.

E o novo modelo, depois de 13 edições, mostrou-se mais democrático na disputa entre capital e interior, numa comparação usando como parâmetro a Era Mineirão.

Mesmo assim, isso não tirou da disputa uma cara de Campeonato da Cidade, nome que o Estadual teve até 1957, pois até então, tirando alguns anos, contava apenas com clubes da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Das 13 edições disputadas a partir de 2004, o interior faturou apenas uma, com o Ipatinga, em 2005, numa decisão em que a filial levou a melhor sobre a matriz, que era o Cruzeiro, que emprestou praticamente todos os jogadores ao time do Vale do Aço e bancou ainda a comissão técnica.

Além disso, em outras três oportunidades, clubes do interior chegaram à decisão, mas foram vice. O Ipatinga, duas vezes (2006 e 2010). E mais recentemente a Caldense, em 2015.

Pode parecer pouco, mas entre 1965, quando o Mineirão foi inaugurado, e 2003, última edição do Campeonato Mineiro sem a fórmula atual, o interior era mero participante da competição.

Em 39 edições, só dois times do interior conseguiram figurar entre os dois primeiros colocados. Em 1991, o Democrata-GV encerrou uma hegemonia de 25 anos consecutivos de Cruzeiro, Atlético e América ocupando as duas primeiras posições do Estadual. Numa edição decidida num hexagonal final, a Pantera foi vice-campeã do Galo.

Depois, já numa decisão em ida e volta, o Villa Nova foi vice-campeão diante do Cruzeiro, em 1997. A partir deste domingo (19), cabe à URT, de Patos de Minas, buscar o seu lugar nesta história, pois o clube nunca foi finalista do Campeonato Mineiro.

Mas essa não é a única marca a ser buscada. O América tenta o seu segundo bicampeonato mineiro em sequência da história, 100 anos depois do primeiro, que foi conquistado em 1916 e 1917, na segunda e terceira edições do Estadual.

O Cruzeiro, maior campeão na nova fórmula, com seis taças, tenta ampliar a sua marca. O Atlético, com cinco títulos, tenta empatar com o rival. Emoção não vai faltar nesta reta final de Campeonato Mineiro.

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