Arbitragem no olho do furacão no início de temporada

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
06/02/2017 às 20:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:43

O pênalti mal marcado do zagueiro Diego Rosa sobre o atacante Fred, que culminou no gol da vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o América, de Teófilo Otoni, no primeiro jogo oficial em Minas Gerais este ano, no último dia 28 de janeiro, no Independência, foi apenas o pontapé inicial de uma temporada que começa marcada pelas polêmicas de arbitragem.

Com cutucadas do técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, e do diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido, o assunto ganhou as redes sociais e se transformou nos últimos dias no ponto principal da histórica rivalidade entre cruzeirenses e atleticanos.

No meio da polêmica, aparece Giuliano Bozzano, presidente da comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF). Com a experiência de quem exerceu a profissão por muitos anos, ele acredita que o trabalho que vem desenvolvendo está no caminho certo, embora ainda falte um tempo para que alcance o nível desejado.

“Quando cheguei em 2014, Minas não tinha trabalho de renovação. Eram poucos árbitros. Prova disso é que não preenchia as nove vagas no quadro da CBF. Não havia peças de reposição. Tive que fazer uma renovação rápida. E isso continua. Não se resolve em um ou dois anos. Acredito que em dois ou três anos teremos um quadro mais estável e forte. Mas hoje, já temos 14 árbitros no quadro da CBF”, afirma Bozzano.

Comandante do trabalho de renovação, Bozzano destaca o seu quadro: “Os jovens que estou lançando têm muita qualidade, com condições de atuar nesses jogos. Problemas acontecem até com os árbitros experientes. Os erros percebidos são de televisão. No jogo do Cruzeiro, o gol foi por piucos centímetros ilegal. E o assistente que validou o lance é o mais experiente de Minas Gerais, Ele já apitou final de Copa América”.

“A comissão de arbitragem tem que ficar atenta a isso. É o meu trabalho. Hoje (6) terei uma reunião com os árbitros e vou tetar ajudá-los a corrigir. Vamos pegar os lances e ver o motivo do erro. Todo erro tem uma motivação. Nossos árbitros estão bem preparados, têm qualidade, suporte de rádio, uma boa taxa, boa condição física. Temos que desobrir se é posicionamento, trabalho em equipe. Estou fazendo essa avaliação e vou conversar com eles”, revela Bozzano.

Para o presidente da comissão de arbitragem da FMF, há uma supervalorização do erro do árbitro: “Tem que se discutir a arbitragem. Não sei se é utópico, mas é um sonho meu que os clubes tratassem isso na dimensão correta, proporcional”.EDITORIA DE ARTE / N/A

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por