Assinatura na taça: Mano tenta confirmar regra, e Larghi pode ser 2º campeão mais jovem desde 1965

Hoje em Dia - Belo Horizonte
05/04/2018 às 20:41.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:11
 (Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O Campeonato Mineiro terá um novo treinador campeão no próximo domingo (8), quando Cruzeiro e Atlético fazem a partida de volta da decisão de 2018, às 16h, no Mineirão. E por mais que os currículos e a experiência do cruzeirense Mano Menezes e do atleticano Thiago Larghi sejam tão diferentes, a taça do Estadual terá o significado da afirmação para ambos.

Isso porque eles dependem do desempenho de seus comandados para iniciar a noite de domingo com uma marca alcançada.

Mandante do jogo, mas em desvantagem na decisão, pois seu time perdeu o confronto de ida, no último domingo (1), no Independência, por 3 a 1, e agora precisa ganhar por pelo menos dois gols de diferença para ser campeão, Mano Menezes, campeão da Copa do Brasil no ano passado, briga para igualar o que nove dos dez treinadores das grandes conquistas nacionais ou internacionais do Cruzeiro conseguiram, que é ganhar também pelo menos um título estadual.

A única exceção é Pinheiro, campeão da Copa do Brasil em 1993, mas que nunca venceu uma competição estadual dirigindo o Cruzeiro, até porque ficou na Toca da Raposa apenas seis meses.

SUPERCAMPEONATO

Há ainda o caso de Marco Aurélio, comandante no tricampeonato da Copa do Brasil de 2000. Ele não ganhou o Campeonato Mineiro, mas o Supercampeonato Mineiro de 2002.

Nesta temporada, o Estadual contou apenas com clubes do interior, sendo vencido pela Caldense. América, Atlético, Cruzeiro e Mamoré jogaram no período a Copa Sul-Minas, conquistada pela Raposa.

Após os dois torneios, foi disputado o Supercampeonato Mineiro, com todos os jogos no Mineirão e com a participação dos quatro clubes que jogaram a Sul-Minas e da Caldense, campeã do Estadual.

E está competição foi vencida pelo Cruzeiro, de Marco Aurélio, com uma goleada por 4 a 0 sobre a Veterana na última rodada do Supercampeonato.

Dos nove treinadores cruzeirenses que já venceram um torneio nacional ou internacional pelo clube e também o Campeonato Mineiro, seis conseguiram alcançar essa façanha na mesma temporada, sendo que Vanderlei Luxemburgo é o único a ganhar três títulos no mesmo ano, na Tríplice Coroa de 2003.

Na Era Mineirão, iniciada em 1965, Thiago Larghi, que completa 38 anos em setembro, pode ser no domingo o segundo treinador mais jovem a conquistar um Campeonato Mineiro pelo Atlético.

Ele só não pode superar um outro técnico que, de certa forma, tem uma história muito parecida com a dele nesta temporada, quando assumiu o time após a demissão de Oswaldo de Oliveira.

É o uruguaio Walter Olivera, zagueiro do Atlético entre 1983 e 1985, quando encerrou sua carreira, ainda com 32 anos, por causa de uma contusão.
Um mês e meio após disputar a sua última partida com a camisa atleticana, em 18 de agosto de 1983, um amistoso em Roma, que terminou 4 a 4 diante da Roma, em que marcou dois gols, Olivera estreou como treinador do time substituindo Vicente Lage, demitido durante o Estadual. No início era uma experiência, mas que acabou dando certo.

A estreia de Olivera foi em 2 de outubro de 1985, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Democrata, em Sete Lagoas. Em 15 de dezembro, ele dirigia o Galo na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, gol de Paulinho Kiss, na prorrogação, que garantiu a taça ao Atlético. No ano seguinte, ele deixou o clube e voltou para o Uruguai.

Dois títulos estaduais marcantes do Atlético na Era Mineirão foram conquistados por treinadores com menos de 40 anos. O primeiro do Galo no Gigante da Pampulha, em 1970, foi sob a direção de Telê Santana, então com 39 anos. Na temporada seguinte ele comandava a equipe no título brasileiro.

Os mesmos 39 anos completou Procópio Cardoso na temporada em que levou o Atlético à conquista do título estadual de 1978.
Essa conquista abriu a maior série de títulos mineiros em sequência no Profissionalismo e na Era Mineirão, que é o hexacampeonato alvinegro.

GERAL

No geral, em alguns anos não há o registro da idade do comandante alvinegro no ano da conquista estadual. Além disso, no bicampeonato de 1926 e 1927 não há em nenhuma fonte o nome do treinador, já que na época era muito comum uma comissão técnica dirigir os times.

Entre os treinadores com idade conhecida no ano da conquista estadual pelo Atlético, o mais jovem é Said Paulo Arges, integrante do Trio Maldito, juntamente com Mário de Castro e Jairo nos tempos de jogador e que foi campeão mineiro dirigindo o Galo em 1936, quando completou 31 anos.

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