Atlético tentou contratar atacante Rossi horas depois de a Chapecoense vendê-lo pra China

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
14/07/2017 às 19:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:34
 (JORGE RODRIGUES/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)

(JORGE RODRIGUES/ELEVEN/ESTADÃO CONTEÚDO)

Momentos antes de o atacante Rossi fechar a transferência da Chapecoense para o Shenzhen Football Club, da China, o Atlético fez uma consulta formal para tentar contar com o jogador de 24 anos. Destaque da Chape, Rossi foi embora para a Segunda Divisão Chinesa na quarta-feira, mesmo dia do contato já tardio do Galo.

A informação, divulgada pelo jornalista Igor Assunção da Rádio 98FM, foi confirmada pelo empresário de Rossi, Jurandir Martins. Segundo o agente, ao Hoje em Dia, o Galo ligou na quarta (12) para tentar saber a possibilidade de contar com o jogador. Rossi seria um pedido de Roger Machado, que gostaria de tê-lo como atleta desde os tempos do Grêmio.

"Quando foi na quarta-feira (12) eu recebi um telefonema (do Atlético) fazendo uma consulta ao Rossi. Mas tínhamos acabado de fechar o jogador para a China. O Roger já queria ele desde que o Roger estava no Grêmio, já estava monitorando o Rossi. Mas o Roger saiu e foi para o Atlético", disse o empresário do jogador.

Rossi, se viesse para o Atlético, não poderia ser inscrito na Copa Libertadores, nem na Copa do Brasil e também impossibilitado de jogar o Campeonato Brasileiro (fez 10 partidas pela Chape). Assim sendo, seria uma contratação para o ano que vem. O jogador deixa a Chapecoense com 36 jogos e 7 gols, tendo sido contratado neste ano vindo do Goiás.

Sua ida para o time chinês foi no antepenúltimo dia de janela do país asiático. Segundo o portal globoesporte.com, a transferência custou 3,4 milhões de euros (R$ 12,41 milhões), sendo que a Chape terá direito a 70% do montante (R$ 8,7 milhões).

CARACTERÍSTICA À PROCURA
A vontade de Roger em contar com Rossi se explica na necessidade já revelada pelo treinador em somar ao elenco do Atlético um jogador de profundidade e velocidade no ataque. Ao comentar a participação incisiva do ponta santista Bruno Henrique contra o Galo na última quarta-feira (12).

o técnico alvinegro admitiu que no elenco há jogadores capazes de ganhar "duelos individuais" contra a marcação, mas que nenhum deles, nem mesmo o recém-vendido Maicosuel se encaixa nas características de jogo do camisa 27 do Peixe, algo que Rossi poderia se enquadrar.

"Jogadores que puxem a profundidade mais do que o jogo apoiado, que é o caso do Bruno Henrique (Santos), é uma característica que talvez não tenhamos. Nem o Maicosuel, que estava aqui, era este jogador de profundidade, era de condução de bola. Característica de jogador velocista, como a do Bruno, é diferente das que temos. Se houvesse alguma posição ou característica que poderíamos agregar, seria esta", disse Roger.

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