Atlético é surpreendido pela Chape no Horto e amarga oitava derrota como mandante

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
18/10/2017 às 22:54.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:17
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Uma noite que seria para comemorar o centésimo jogo de Robinho pelo Galo, acabou servindo para  se tirar da memória. Assim foi a quarta-feira (18) dos atleticanos que foram ao Independência acompanhar o duelo contra a Chapecoense. Num jogo de cinco gols, a equipe sulista venceu os donos da casa por 3 a 2 e fizeram o que poucos acreditavam que poderia acontecer. O revés, oitavo do Galo em casa, deixou o time com os mesmos 38 pontos e com o medo de se aproximar da temida zona de rebaixamento.

Com um a menos desde os 5 minutos do segundo tempo, graças à expulsão do volante Elias, o time atleticano até que esboçou reação na partida, mas acabou sendo surpreendido pela equipe de Chapecó, que fez o gol da vitória aos 34, com Luiz Antônio. Antes, os visitantes já haviam ido para o intervalo com o 2 a 1 no bolso.

Com apenas 15 pontos em 45 disputados como mandante, o Atlético agora terá que recuperar as energias, se recompor, e esquecer mais um revés, pois no domingo (22), enfrentará nada mais nada menos que o maior rival, o Cruzeiro, no Mineirão.

O jogo 

Quando a bola rolou para mineiros e catarinenses, tudo indicava que o torcedor atleticano iria para o intervalo comemorando mais uma vitória da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira. Isso porque, logo aos 8 minutos de jogo, o meia Valdívia abriu o placar no Horto.

Aproveitando grande passe de Robinho, que completou 100 jogos com a camisa do Galo, o meia cabeludo acertou um grande chute e não deu chances ao goleiro Jandrei.

Após o tento alvinegro, porém, a equipe de Chapecó não se abateu, gostou da partida e partiu para cima dos donos da casa. O prêmio veio aos 30 minutos, nos pés de um grande carrasco do time mineiro.

Wellington Paulista, ex-Cruzeiro, e que gosta de balançar as redes contra o antigo rival, aproveitou lançamento, entrou na área e, com pouca marcação, bateu forte e estufou as redes de Victor. Bastante vaiado pela torcida, correu para o abraço.

Onze minutos depois, veio o segundo gol. Após erro ofensivo do Atlético, Moisés limpou dois adversários, no campo defensivo, deu grande passe para Canteros, que só teve o trabalho de superar o camisa 1 do Galo e comemorar a virada fora de casa.

Segundo Tempo

Se o que é ruim pode piorar, o alvinegro sentiu isso na pele. Logo aos 5 minutos da segunda etapa, o volante Elias, que já tinha cartão amarelo, fez falta na entrada da área, foi expulso de campo. Bastante vaiado pelos torcedores do próprio time, ele entrou no vestiário e, esbravejando, bateu a porta.

Para recompor o setor, Oliveira promoveu a entrada de Adilson, que estava pendurado e, por isso, estava no banco de reservas; tudo pra ser preservado para o clássico contra o Cruzeiro. Cazares, sacado na mudança, também foi hostilizado pela Massa.

Aos 14, o treinador atleticano resolveu mudar novamente. Pedido nas arquibancadas, o meia Otero foi acionado. Roger Bernardo, que acabara de ser amarelado, deixou o gramado do Independência; ao contrário dos companheiros, ganhou aplausos.

Pressionado para buscar o empate, o dono da casa não conseguia chegar com perigo ao ataque. O goleiro Jandrei, pouco exigido, assistia o duelo em local privilegiado.

Contudo, aos 22 minutos, Fred, deixou tudo igual no placar. Recebendo cruzamento do lado esquerdo, o camisa 9 subiu mais que a defesa da Chape e fez a torcida atleticana ir à loucura no Independência. O fato de estar com menos um em campo fez a festa ser maior ainda. Foi o sétimo tento do atacante no Brasileirão.

Aos 27, foi a vez do comandante queimara regra três. Cansado, Valdívia deixou o campo para a entrada do volante Yago. A intenção de Oswaldo de Oliveira e dar mais consistência ao setor defensivo, exposto em vários momentos do jogo.

Aos 34 minutos, porém, veio o balde de água fria. Após grande jogada do lateral-esquerdo Reinaldo, Luiz Antônio bateu forte no canto direito de Victor e colocou a Chapecoense novamente em vantagem: 3 a 2.

Apesar de tentar o empate desesperadamento, o Galo não conseguiu. Sob protestos da torcida, que pedia "raça", o time amargou mais uma derrota dentro dos próprios domínios.


Ficha Técnica:
Atlético 2 x 3 Chapecoense

Atlético: Victor; Marcos Rocha, Felipe Santana, Gabriel e Fábio Santos; Roger Bernardo (Otero), Elias, Valdívia (Yago), Cazares (Adilson) e Robinho; Fred
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Chapecoense: Jandrei; Apodi, Douglas (Grolli), Fabrício Bruno e Reinaldo; Canteros, Amaral, Moisés (Elicarlos) e Luiz Antônio; Arthur Caike e Wellington Paulista.
Técnico: Emerson Cris

Cartões Amarelos: Douglas, Grolli (Chape), Elias, Roger Bernardo (Atlético)
Cartão Vermelho: Elias (Atlético)
Gols: Valdívia, para o Atlético, aos 8 minutos do primeiro tempo; Wellington Paulista, aos  30 minutos, e Canteros, aos 41, para a Chapecoense; Fred, aos 22 minutos do segundo tempo, para o Galo. Luiz Antônio, aos 34 para a Chape.

Arbitragem: Vinicius Gonçalves Dias, auxiliado por Danilo Ricardo Simon e Rogério Pablos Zanardo, todos de São Paulo

Público: 11.927 Renda: R$ 168.850,00

  

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