Atlético derrota o Cruzeiro e fica com o vice no Brasileirão

Vinícius Las Casas - Do Portal HD
02/12/2012 às 18:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:00
 (ANDRE BRANT)

(ANDRE BRANT)

Todos os elementos de um clássico foram vistos no Independência. Faltas, expulsões, gols, viradas, pênalti perdido, confusões, reviravoltas... um verdadeiro jogão. O Atlético saiu vitorioso na melhor partida deste Campeonato Brasileiro, vencendo a peleja diante do Cruzeiro por 3 a 2, no Independência, neste domingo.

Com o triunfo, o Galo assegurou a invencibilidade como mandante neste ano, a vice-liderança do Brasileirão (com classificação direta para Libertadores) e quebrou um jejum de cinco jogos sem conquistar a vitória no clássico. A Raposa terminou o campeonato na nona colocação

O JOGO

Como era de esperar de um clássico, os primeiros minutos foram repletos de faltas, dando trabalho ao juiz da partida. O jogo era truncado e com muita ação no meio de campo dos dois lados. O Atlético atuava mais ofensivamente e abriu o placar por essa ousadia em um levantamento na área. Aos cinco minutos, Guilherme cruzou a bola para a área, a zaga celeste afastou provisoriamente e, no rebote, Bernard encheu o pé: 1 a 0 Galo. Na comemoração, o atleta se emocionou bastante.

O gol sofrido não abalou os celestes, que mantinham o mesmo esquema tático e buscavam o empate. Em um lance de contra-ataque, Everton, aos oito minutos, ia em direção ao gol e quando se livrava de Pierre, sofreu falta do volante. Os cruzeirenses pediram o cartão vermelho, por ser uma situação clara de gol. O atleticano recebeu o amarelo e disse que sequer fez falta. Na cobrança, Ceará buscou o ângulo de Victor, mas a bola resvalou na barreira e passou próxima ao gol do Galo.

 

Bernard vibrou muito após marcar o primeiro gol na partida (Foto: Lucas Prates)

 

Aos 20, um gol inacreditável perdido pela Raposa. Marcelo Oliveira cruzou para a área, Tinga desviou a bola, que passou por baixo das pernas de Martinuccio, e bateu na trave, voltando caprichosamente nas mãos de Victor. Neste momento, os celestes estavam melhores, com Martinuccio e Montillo atuando mais próximos. Além das subidas de Everton ganharem o apoio de Marcelo Oliveira.

O Atlético jogava mais recuado, mas com toda a estrutura armada para o contragolpe. Em um destes lances, aos 28 minutos, Ronaldinho Gaúcho se livrou da marcação, avançou e tocou para Guilherme, que puxou para a esquerda e chutou forte, mas sem direção.

Aos 35, Marcos Rocha deu passe para o atacante Jô, que fez o giro para cima de Leandro Guerreiro, que o teria segurado e derrubado dentro da área. O lance foi polêmico e duvidoso. Na cobrança, aos 37, Ronaldinho Gaúcho buscou o canto esquerdo de Fábio, que fez a defesa, evitando o tento alvinegro.

Aos 47, conexão argentina pelo lado celeste. Montillo recebeu pela direita, gingou na frente do marcador e mandou para a área. Martinuccio subiu no terceiro andar e testou de forma certeira, vencendo Victor: 1 a 1.

 

                                               Jogadores do Cruzeiro comemoram o gol de Martinuccio de empate contra o Atlético (Foto Lucas Prates)

ETAPA FINAL

O gol no final motivou os cruzeirenses, que voltaram ainda mais dedicados para o segundo tempo. Os celestes faziam uma blitz na intermediária do Galo, que seguia com a estratégia de buscar o contra-ataque. As faltas, contudo, ainda proliferaram, e os dois times não abriam mão de cometer infrações. Aos 5, lançamento açucarado de Everton; a zaga atleticana bobeou e o lateral-esquerdo, cara a cara com Victor, mandou a bola para as redes: 2 a 1 Raposa.

Três minutos depois, Tinga e Leandro Donizete disputaram bola e se agrediram mutuamente. Os dois foram expulsos de forma acertada por Paulo César Oliveira. Um princípio de confusão foi inicado, com algumas trocas de empurrões. O clássico ficou quente, com muita reclamação de ambos os lados, pressão em cima do árbitro e faltas mais duras.

Após as expulsões, o Galo sentiu menos a saída de Donizete. Com mais espaços, o time alvinegro pressionava bastante e rondava a área de Fábio. Aos 22, escanteio cobrado por Marcos Rocha, Leo Silva cabeceou e a bola desviou em Ceará, em disputa com Ronaldinho, indo em direção ao gol. Fábio ainda tentou fazer uma defesa milagrosa, mas a bola balançou as redes estreladas: 2 a 2.

A Raposa se acertou taticamente depois do gol sofrido, ficou menos exposta e abusava dos contragolpes. Aos 22, Everton roubou uma bola que Ronaldinho Gaúcho tinha desistido, avançou em alta velocidade e lançou Montillo. Quando o argentino tinha a chance de marcar o gol, Richarlyson fez uma impressionante intervenção, para impedir o gol celeste.

Na sequência, o atacante Jô teve duas oportunidades para conseguir a virada para o Galo. O goleiro Fábio fez defesas providenciais em ambas as chances e deixou o centroavante no quase. Coube ao zagueiro Réver, então, colocar o Atlético novamente na frente. Aos 29, o capitão atleticano aproveitou cobrança de escanteio de Ronaldinho e, de cabeça, mandou a bola para o fundo das redes: 3 a 2 Galo.

Depois do tento, o Cruzeiro pressionou e o Atlético se resguardou na defesa. Contando com a dedicação de todos os jogadores, o Galo segurou a vitória. O atacante Anselmo Ramon entrou forte em Marcos Rocha, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Leandro Guerreiro ainda teve oportunidade na pequena área, mas, com os pés, Victor fez a defesa. Ao final, ficou a sensação de que atleticanos e cruzeirenses (de casa, por causa da determinação de torcida única) presenciaram a melhor partida do ano.

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