Atlético e Cruzeiro iniciam decisão recheada de marcas pessoais e tabus históricos

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
31/03/2018 às 22:43.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:07
 (Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Bruno Cantini/Atlético e Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

A 22ª final direta de Campeonato Mineiro entre Atlético e Cruzeiro começa neste domingo (1º), às 16h, no Estádio Independência, recheada de marcas a serem buscadas e escritas que podem ser quebradas pelos dois maiores rivais.

O objetivo maior e comum é a taça, mas para chegar até ela, alguns personagens do confronto podem alcançar feitos significativos nas suas histórias, na do clássico ou até na do Campeonato Mineiro.

Sim, a história da competição está em jogo, pois jogadores dos dois lados entram em campo sonhando com a artilharia do Campeonato Mineiro, atualmente ocupada por Aylon, do América, com 6 gols, lembrando que os “piores” goleadores do Estadual em todos os tempos balançaram as redes sete vezes, marca de Meireles, do Atlético, em 1915, na primeira edição da competição, Jajá, do Guarani, em 2008, e Mancini, do Villa Nova, em 2014.

Nesta final, os principais candidatos a salvar o Estadual de 2018 de ter o artilheiro com menor número de gols marcados são Rafinha, do Cruzeiro, com 5 gols, Ricardo Oliveira, do Atlético, e Thiago Neves, do Cruzeiro, com 4, e Elias, do Atlético, e Rafael Sóbis e Raniel, do Cruzeiro, com 3.

TREINADORES

Fora de campo, o jogo vale demais também para os dois treinadores, que têm históricos bem diferentes, pois o atleticano Thiago Larghi está iniciando a carreira e ainda nem é efetivo, e o cruzeirense Mano Menezes já dirigiu até a Seleção Brasileira e já acumula duas Copas do Brasil no currículo.

Se Larghi busca a primeira conquista, o que, com certeza, o colocaria em outra posição neste início de trajetória, Mano deseja muito o Mineiro e o título ficará ainda mais próximo se ele “vingar” a única derrota que soma no Estadual dirigindo o Cruzeiro, em 29 partidas, que foi justamente na decisão do ano passado, para o Atlético, no Independência, no jogo que valia a taça, que foi para a Cidade do Galo.

Além disso, o time de Mano briga contra uma enorme superioridade alvinegra nos jogos válidos por decisões diretas de título estadual entre os dois rivais no Independência. Em 13 partidas, numa história que começa na edição de 1954, são oito vitórias atleticanas e apenas uma cruzeirense.

Se vai mal no Horto, o Cruzeiro vai bem no geral e o desafio alvinegro é se aproximar do rival no número de conquistas nas finais diretas de Campeonato Mineiro disputadas entre eles. Em 21 confrontos, foram 12 títulos cruzeirenses, oito atleticanos e um título dividido, em 1956, numa batalha que deixou os gramados e chegou aos tribunais, com ambos sendo declarados campeões.

TIRA-TEIMA

Nona decisão entre Atlético e Cruzeiro desde que o formato atual de disputa foi implantado no Estadual, em 2004, a final de 2018 tem cara de tira-teima, pois nas oito anteriores, o clube que jogou por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols levantou a taça, e em outras quatro, quem entrou em desvantagem fez a festa.

DÚVIDAS

Com a semana anterior ao confronto marcada por muito mistério dos dois lados, as dúvidas praticamente não existem, sendo que apenas uma mais significa aparece do lado atleticano, pois Thiago Larghi pode optar por uma formação com três volantes, promovendo a entrada de Gustavo Blanco na sua equipe para a saída do venezuelano Otero.

Com isso, Elias jogaria mais adiantado, numa função que ele já exerceu no próprio Atlético nos confrontos decisivos do Estadual do ano passado.
No Cruzeiro, Dedè fez boas apresentações quando substituiu Léo durante sua suspensão, mas dificilmente começará jogando. Mas é uma possibilidade que não pode ser descartada, principalmente pela sua eficiência nas jogadas aéreas, que são muito utilizadas pelo Atlético nos seus jogos no Independência.

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