Atlético sai atrás do placar, mas consegue empate diante do Avaí em Santa Catarina

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
17/09/2017 às 13:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:36
 (ANTÔNIO CARLOS MAFALDA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ANTÔNIO CARLOS MAFALDA/MAFALDA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

O futebol apresentado pelo Atlético diante do Palmeiras não evoluiu, mesmo com mais de uma semana de distância entre aquele jogo e o duelo contra o Avaí. E o resultado acabou sendo o mesmo. Em Santa Catarina, o Galo se desdobrou para achar espaços e conseguiu empate de 1 a 1 na Ressacada.

No duelo válido pela 24ª rodada do Brasileirão, a equipe alvinegra entrou em campo às 11h, saiu atrás do placar com gol de Simião no fim do primeiro tempo e achou a igualdade com Otero, de cabeça, na reta final do segundo tempo. Vai para 31 pontos na tabela, ainda estacionado abaixo dos 10 primeiros colocados. 

ERROS E CASTIGO
O Atlético começou o jogo tentando se habituar ao campo escorregadio da Ressacada e tentando se encontrar na partida. O Avaí, por outro lado, colocava o bom momento no Brasileirão para atacar o Galo.

Depois de alguns minutos, o time visitante conseguiu se impor por alguns momentos e produziu boas chances de marcar o gol. Só que esbarrou num grande problema. As boas jogadas inicadas no meio de campo defensivo ou nas laterais não eram concretizadas por causa do "passe final" sem capricho.

Seja com Luan (preferiu servir Cazares quando Fred estava livre) ou o próprio camisa 10 equatoriano, as chances de contra-ataque do Atlético não resultava em finalizações claras. Os chutes de mais perigo do alvinegro foram de longe, mas sem a precisão para entrar. Um deles foi desferido por Valdívia, que acabou se machucando e foi substituído por Clayton aos 22 minutos de partida.

Já o Avaí passou a assustar justamente no contragolpe nos minutos finais do 1º tempo. Achou espaços vazios por trás da marcação. Fábio Santos teve trabalho para defender, enquanto Gabriel e Léo Silva tinham trabalho com a velocidade de Joel.

Numa jogada aérea aos 45 minutos da etapa inicial, o atacante Júnior Dutra recebeu nas costas do lateral-esquerdo do Galo. Ajeitou com inteligência para trás. Leandro Silva, lateral avaiano, tentou chegar, mas escorregou e acabou tocando para a chegada do volante Simião, que bateu seco no canto de Victor.

O Atlético ficava atrás do placar numa atuação instável. O suficiente para obrigar os jogadores a fazer uma reunião por conta própria no meio de campo antes de acessar os vestiários para o intervalo.

CABEÇADA DO NANICO
As jogadas trabalhadas pelo Atlético desapareceram no início da etapa complementar. Agora, o Galo optava mais por ações individuais, como arrancadas de Marcos Rocha e Elias. Mas ainda sem concluir no gol. O Avaí passou a se preocupar mais com a defesa, mas ainda sim levava perigo.

O camaronês Joel, a válvula de escape no ataque do time caratinense, recebeu bola atrás de Marcos Rocha e acertou a trave em um bonito chute. Para alívio do Atlético, ele foi flagrado em posição de impedimento. O mesmo faria outra jogada perigosa, ao cruzar para Junior Dutra. Desta vez, Rocha afastou o perigo.

O Atlético, por sua vez, viu o volante Elias fazer boa jogada de dribles e ir avançando. Ele tabelou com Fred (sumido) e foi recebeu uma dividida com o zagueiro. Caiu, ficou furioso com a arbitragem não assinalando pênalti e foi amarelado. 

Nesta altura, o técnico Rogério Micale já havia sacado Cazares para a entrada de Robinho como novo armador do time. O camisa 7 entrou escondido no jogo, mas apareceu em boa jogada com Clayton, mas lhe falta ainda a condição de achar buracos em espaço limitado. 

Era nas tabelas que o Atlético se achava no jogo. Marcos Rocha tocou de cabeça para Fred, que devolveu com precisão para o camisa 2. O lateral chutou de primeira, rasteiro, obrigando o bom goleiro Douglas a mandar para escanteio. 

Muito além dessa jogada, se viu um time do Galo preciptado, realizando finalizações sem avaliação da dificuldade. Elias, Robinho, Valdívia e até mesmo Leonardo Silva desferiram chutes fora da área sem o menor grau de dificuldade para Douglas. 

Na primeira grande troca de passes do Atlético, num contra-ataque ligado por Victor e Fábio Santos, o empate finalmente chegou. Marcos Rocha recebeu de Clayton e cruzou no "ponto futuro" para Romulo Otero (que havia entrado no lugar de Luan) fazer o gol da igualdade.

Animado para ir em busca da virada, o Galo acabou tendo de se preocupar ainda mais com o contra-ataque do Avaí e ainda perdeu Elias. O volante errou um passe no ataque e cometeu falta no lateral Capa para matar a investida do Avaí. Recebeu o segundo amarelo na primeira expulsão do Atlético no Brasileirão. Então, o Galo passou a se defender e teve que alivar algumas bolas pingadas na área de Victor para decretar o 1 a 1.

Avaí 1x1 Atlético

Avaí: Douglas; Leandro Silva, Alemão, Betão e Capa; Judson (Airton), Simião, Willians (Romulo) e Pedro Castro (Luan Pereira); Junior Dutra e Joel. Técnico: Claudinei Oliveira.

Atlético: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson e Elias; Luan (Otero), Cazares (Robinho), Valdívia (Clayton) e Fred. Técnico: Rogério Micale.

Gols: Simião, aos 45'/1ºT e Otero, aos 36'/2ºT
Arbitragem: Andre Luiz de Freitas Castro, auxiliado por Bruno Raphael Pires e Leone Carvalho Rocha. Trio de Goiás.
Cartões amarelos: Fábio Santos, Marcos Rocha e Elias (CAM); Judson e Romulo (AVA)
Cartão vermelho: Elias, aos 42'/2ºT
Público: 9.527
Renda: R$ 212.972,00

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por