(Bruno Cantini/Atlético)
O segundo semestre de 2017 não poderia ter começado melhor para o centroavante Fred, com dois gols marcados na vitória por 3 a 1 no clássico diante do Cruzeiro. Nesta quarta-feira (5), no início do mata-mata da Copa Libertadores, contra o Jorge Wilstermann, às 21h45, o goleador volta à ação com o objetivo de manter a pontaria afiada e ir em busca da inédita artilharia do torneio internacional.
Principal matador do futebol brasileiro ao lado de Henrique Dourado (Fluminense), com 22 gols, o atleticano vem plantando sementes para fazer de 2017 o ano com a melhor média de gols na carreira. Atualmente, o índice é de 0,75, tendo balançado a rede 22 vezes em 29 partidas (veja o gráfico abaixo).
A marca mais fatal de Fred, em termos de média, foi a registrada em 2011, quando terminou a jornada com 34 gols em 43 jogos pelo Tricolor carioca (0,79). Neste ano, ele já alcançou a melhor arrancada da sua história. Foi o artilheiro do Campeonato Mineiro com dez gols e, agora, briga para atingir o primeiro lugar entre os goleadores do torneio continental.Hoje em Dia
O centroavante tem seis gols na atual edição da Libertadores. Está a dois do meia Alejandro Chumacero, sendo que o jogador do The Strongest-BOL disputou dez partidas, ou seja, cinco a mais. O boliviano, inclusive, quase deixou a equipe aurinegra, com propostas de Independiente-ARG e Necaxa-MEX, mas decidiu ficar em La Paz para tentar um inédito título internacional para um clube do país andino.
O atleticano também alimenta o desejo de erguer o troféu, pois jamais atingiu sequer a semifinal da Libertadores. Se balançar a rede mais duas vezes, ele irá não apenas se igualar a Chumacero na artilharia, como chegará aos mesmos oito gols marcados nas outras três edições disputadas antes de chegar ao Galo.
“O Fred é a última ponta do nosso setor ofensivo. E tem constantemente se sacrificado pelo coletivo. Sabe que é importante, não só a parte decisiva de artilheiro. É o artilheiro, o nosso artilheiro, deve ter mais de 20 gols no ano, e está em grande fase”, elogiou o técnico Roger Machado.
Será que chega?
O melhor ano do atacante em termos absolutos foi 2005, quando despertou interesse do futebol europeu e estreou na Seleção Brasileira. Foram 46 gols por clubes, sendo 40 só pelo Cruzeiro entre janeiro e agosto. Posteriormente, foi vendido para o Lyon-FRA.
Se mantiver a média do primeiro semestre nos meses restantes de 2017, Fred pode acabar o ano na casa dos 50 gols marcados.
No Horto
No confronto da volta contra o Jorge Wilstermann, marcado apenas para o dia 9 de agosto, o camisa 9 do Atlético poderá entrar em campo no Horto como o máximo goleador do “novo Independência”.
O centroavante já tem 24 gols marcados no local, sendo 21 pelo Galo e três pelo Fluminense. Ele está a apenas quatro gols de Jô, o maior artilheiro do estádio após a reforma, em 2012.