Atlético mostra sua força e mantém os 100% de aproveitamento na Libertadores

Wallace Graciano - Do Hoje em Dia
07/03/2013 às 23:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:41
 (Carlos Roberto)

(Carlos Roberto)

Paciência, qualidade e eficiência. Essas foram as virtudes do Atlético na noite desta quarta-feira (7), quando superou o Strongest, por 2 a 1, no Independência. Apesar de encarar um time aplicado taticamente, o clube alvinegro soube esperar o momento certo para dar o bote e marcar dois tentos na etapa final, com Jô e Ronaldinho, este último de pênalti. Os bolivianos descontaram já no apagar das luzes, mas nada que estragasse a festa da torcida atleticana, que, eufórica, viu seu time manter a liderança do Grupo 3 da Libertadores.

Com a vitória, o Galo chegou aos nove pontos em três jogos, mantendo 100% de aproveitamento em sua chave. Agora, o clube alvinegro defenderá essa invencbilidade na altitude de La Paz, contra o mesmo Strongest, já na próxima quarta-feira, às 22 horas.

Adversário duro

Na última quinta-feira (28), quando encarou o São Paulo, no Morumbi, o Strongest surpreendeu a muitos torcedores brasileiros desavisados. Apesar de saírem com a derrota naquela partida, os aurinegros de La Paz mostraram um futebol organizado e combativo e, por consequência, deram trabalho ao tricolor do Morumbi. Uma semana depois, a história não foi diferente.

Mesmo com a força dos torcedores atleticanos que gritavam incessantemente, o Galo esbarrou em um adversário compacto, que soube anular as investidas pelas laterais. Organizado taticamente, o time de La Paz conseguiu compensar a imensa diferença técnica entre as equipes com seus jogadores bem postados, transformando a partida em um jogo de paciência para o Galo.

O Atlético até que teve boas oportunidades, como aos 16 minutos, quando os jogadores alvinegros não conseguiram empurrar a bola para a caixinha, após uma verdadeira blitz na área adversária. O esférico, entretanto, teimava em parar no goleiro Vaca e nos defensores rivais. O arqueiro, por sinal, incomodou muito o ataque atleticano durante a partida. No minuto seguinte, por exemplo, abafou um gol certo de cabeça de Jô, que recebeu passe magistral de Ronaldinho.

Apesar do domínio ofensivo, o Galo também teve seus momentos de aperto lá atrás. Aos 21 minutos, por exemplo, Reina deixou a marcação na saudade e aproveitou o espaço livre pela direita para centrar a bola. Entretanto, o atacante não contava que Pablo Escobar iria perder um gol de frente para o crime. Por sorte, o tento não saiu nem naquele instante, nem no resto da primeira etapa. Nos 45 minutos iniciais, o que se viu basicamente foram as boas variações do time comandado por Cuca, mas que esbarravam em um Strongest aplicado.

Com paciência

Quando a bola voltou a rolar, já se tinha certeza que a palavra de ordem nos 45 minutos finais seria paciência por parte do Galo, que precisaria também ter uma certa dose de cuidado com as contra-ofensivas adversárias. E assim foi. Os aurinegros até que tentaram deixar sua marca no início do segundo tempo, com uma jogada ensaiada de escanteio que só não se tornou gol porque Victor estava atento. Mas foi apenas um susto inicial, em uma etapa complementar que o Atlético dominou.

Apesar de ter a pressão de fazer o dever de casa, o Atlético conseguiu ser paciente até mesmo quando as oportunidades incrivelmente não eram revertidas em gol. Aos 10, por exemplo, Tardelli fez belíssima jogada pela direita e centrou a pelota. Bernard, que chegava sozinho, tirou do goleiro, cutucando para o canto oposto, mas a trave foi inimiga. Pecado. Mas o placar não demorou a ser mudado. Logo no minuto seguinte, Ronaldinho cruzou na área. A zaga rival desviou o esférico, porém a interceptação virou passe para Jô, que, como pede o ofício, estava bem posicionado para balançar a rede. 1 a 0.

Se antes do gol o Atlético não estava afobado, não seria com o placar aberto que o clube pecaria. Variando taticamente dentro de campo, o Galo passou a chegar ao ataque com naturalidade. O segundo gol seria questão de tempo. Ele até que veio aos 20 minutos, mas Tardelli estava em posição irregular. Porém, o torcedor alvinegro precisou de somente outros seis minutos para vibrar. Aos 26, Ronaldinho fez uma jogada magistral ao esperar a zaga abrir uma brecha e deixar Marcos Rocha na cara do gol. O lateral só não ampliou o marcador porque foi derrubado por Torrico na área. Pênalti, que R10 fez questão de bater e espantar sua “sina” recente. 2 a 0 apontava o placar.

Nos minutos seguintes, o Atlético passou a trocar passes pelo meio. O Galo até que tentou o terceiro tento, mas sem sucesso. Quem marcou foi o Strongest, aos 45, com Melgar, que empurrou a bola para dentro após cobrança de escanteio. Nada que assustasse. O Atlético foi soberano mais uma vez e soube controlar até mesmo sua tensão durante boa parte do jogo, não deixando o triunfo ficar em dúvida. Vitória merecida, 100% de aproveitamento na Libertadores, em três jogos, e o ditado da torcida atleticana persiste: “caiu no Horto, 'tá' morto'”.

FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 2 X 1 THE STRONGEST   Atlético: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Júnior César; Pierre (Gilberto Silva), Leandro Donizete, Ronaldinho, Bernard (Richarlyson); Diego Tardelli e Jô (Alecsandro). Técnico: Cuca   The Strongest: Daniel Vaca, Diego Bejarano, Luís Méndez, Marcos Barrera, Jair Torrico; Alejandro Chumacero, Walter Veizaga, Nelvin Soliz, Ernesto Cristaldo (Ramallo); Harold Reina (Melgar) e Pablo Escobar. Técnico: Eduardo Villegas   Gols: Jô (aos 12') e Ronaldinho (pênalti) (aos 28') e Melgar (aos 45' do 2º tempo)  Motivo: jogo válido pela 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores Data: 7 de março de 2013 Estádio: Independência Local: Belo Horizonte Árbitro: Daniel Fedorczuk Auxiliares: Maurício Espinoza e Gabriel Popovits Cartões amarelos: Torrico, Soliz e Veizaga (The Strongest); Leonardo Silva (Atlético) Público: 18.962 pagantes Renda: RS 956.590,00  

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