(Divulgação/Coritiba)
O Atlético terá do outro lado do gramado na quinta-feira um velho conhecido. O técnico do Coritiba, Marcelo Oliveira, tem cerca de 23 anos de história no Galo - 13 como jogador e dez como treinador. No entanto, no Independência, às 21h, durante 90 minutos o passado de Marcelo Oliveira será deixado de lado, e ele vai ser mais um adversário do líder do Brasileirão.
"Tem um sentimento diferente, sim. Inegavelmente, tenho uma história no clube, são quase treze anos como atleta e mais dez como técnico. Tenho um vínculo. O que a gente faz é tentar separar as coisas. O Atlético passa por um momento especial, com o time acertadinho. A gente vai para o jogo com o propósito de marcar bem o Galo", relatou o treinador do Coxa.
Marcelo, como bom conhecedor da estrutura atleticana, sabe de cor como o clube conseguiu retornar aos dias glórias, após anos de inconstância no Campeonato Brasileiro. O treinador lembra que o Galo tem dominado na arena Independência .
"Eu acho que no momento eles não têm uma principal força, mas é a combinação. O clube se estruturou, conseguiu novos aspectos que deram tranquilidade, investiu em contrataçoes, apostou em jogadores da base... Acho que o Atlético e Cruzeiro foram prejudicados ano passado por terem jogado fora de Belo Horizonte. Esse ano fazem um alçapão no estádio, a torcida empurra", alertou o comandante, para, depois, lembrar que, dentro de campo, o torcedor não entra.
"Já conversei com os jogadores sobre isso (pressão da torcida no Independência). O futebol é dinâmico. Você tem que saber que é possivel, futebol são onze contra onze. A gente ja viu momentos de superaçao em várias oportunidades. Temos que controlar o jogo no início, não tomar o gol. Naturalmente o jogo vai estabilizar e vamos ter condição de jogar", analisou.
Apesar do bom momento dos meias Bernard e Ronaldinho Gaúcho, principais criadores do Galo, Marcelo Oliveira sabe que é impensável no futebol atual uma marcação individual. O treinador avisa que vai adotar uma defesa pressionando os armadores rivais, não dando brecha para pensar o jogo.
"Todo o time tem que ser marcado, o futebool exige, uma marcação forte. Muito mais quando tem jogadores do nível do Bernard, que é um atleta tático, e do Ronaldinho. Sem a bola, temos que encurtar a marcação, para não deixar que eles pensem. O Galo também tem um poder grande dos laterais e temos que ficar atentos", comentou o treinador.