Entre locais e gringos, Atlético tem oito jogadores com seleção no currículo

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
21/01/2016 às 07:31.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:06
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

Um senhor de 50 anos, sotaque argentino, mas com passaporte boliviano, sabe que poderá economizar em passagens aéreas neste 2016. Um voo para Belo Horizonte basta ao treinador Gustavo Quinteros, comandante da Seleção Equatoriana, para poder observar de perto duas peças importantes da equipe nacional, atualmente líder das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia-2018.

De uma só tacada, o Galo trouxe Frickson Erazo e Juanito Cazares. Além de serem compatriotas e amigos próximos, o zagueiro e o meia-atacante fazem parte da equipe do Equador e aumentam o número de “jogadores de Seleção” no clube mineiro.  Atualmente, O Atlético conta com oito atletas com passagens pelos times nacionais.

"São jogadores muito importantes para o Equador. A experiência de Erazo e a qualidade de Cazares... Eu gostaria de assistir às suas partidas (in loco) e pretendo fazer isso a qualquer momento", disse ao Hoje em Dia o treinador, que nasceu na Argentina, mas se naturalizou boliviano e comanda "La Tricolor" há um ano.

Erazo, inclusive, é o principal deles, no momento. É o titular da zaga equatoriana. O zagueiro, entretanto, precisa conquistar a mesma condição no Galo, pois figura como opção de banco para Jemerson e Leonardo Silva.

Por falar dos xerifes titulares, o capitão Léo já vestiu a amarelinha. Em 2012, aos 33 anos, foi surpreendido pela chamada de Mano Menezes, então comandante da Seleção Brasileira. Leonardo Silva, entretanto, não fez nenhuma partida pelo país, apenas ficou na reserva no Superclássico das Américas vencido em 2012, nos pênaltis. A disputa contra a Argentina envolvia somente jogadores locais.

A defesa alvinegra, inclusive, é totalmente formada por atletas que servem ou serviram à pátria. A começar pelo goleiro Victor. O “santo alvinegro” esteve na pré-convocação de Dunga para a Copa do Mundo da África do Sul. A lástima do corte só foi curada pela presença no Mundial de 2014, em casa. O camisa 1 é preterido por Dunga, mas já soma 32 convocações.

Na lateral, Marcos Rocha domina as premiações individuais, mas ainda espera que as consultas de Dunga ao Atlético resultem em uma chamada real. No ano passado, o coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, conversou com Levir Culpi, e Rocha esteve perto de ser chamado, assim como Rafael Carioca.

Do outro lado do campo, Douglas Santos é a bola da vez atleticana no time canarinho e esteve em quatro partidas do Brasil em 2015. Seja no Sub-23, no qual é titular da lateral esquerda e nome certo para a Olimpíada, ou como reserva da equipe principal, o jovem atleta já se acostumou à Granja Comary.

Experiência esta que é a grande ambição de Jemerson. O zagueiro foi convocado pela primeira vez em novembro do ano passado. Na ocasião, ocupou a vaga do suspenso David Luiz na vitória por 3 a 0 contra o Peru, pelas Eliminatórias.

Apesar do alto número de selecionáveis, o Galo perderá um atacante que já defendeu o Brasil. André, com pré-contrato com o Corinthians, jogou pelo Brasil em quatro amistosos, entre 2010 e 2011.
 

 

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