Um clássico sem brilho. Foi o que aconteceu no dia 9 de julho de 1989, não repetindo os grandes encontros entre os rivais Atlético e Cruzeiro, devido à tabela do Campeonato Mineiro. O Galo havia conquistado o título estadual na rodada anterior, e a partida ganhou caráter amistoso. O Atlético goleou por 3 a 0 e fez a volta olímpica com a taça de campeão. No entanto, o jogo também entrou para a história por ter sido o único disputado de manhã.

O Atlético conquistou o Estadual de 1989 com duas rodadas de antecipação. Na rodada anterior ao clássico, confirmou o título, abrindo quatro pontos de vantagem sobre o Cruzeiro ao vencer o Democrata por 2 a 0, em Sete Lagoas.

A definição do título transformou o clássico da penúltima rodada em mero amistoso. Para fugir à concorrência com o jogo do Brasil, que enfrentaria o Paraguai, no domingo à tarde, pela Copa América, o Atlético, como mandante, definiu o jogo para às 11 da manhã.

No entanto, a promoção nos preços dos ingressos, distribuição de 10 mil litros de chope e a entrega do troféu Maria Aleixo não foram suficientes para fazer as torcidas levantarem mais cedo.

Apenas 13 mil torcedores presenciaram a goleada alvinegra definida em lances de bola parada, numa manhã infeliz do goleiro cruzeirense Pereira. Aos 41, numa cobrança de falta de Zanata, o camisa 1 estrelado soltou a bola nos pés de Renato, que abriu o placar. Quatro minutos depois, num escanteio cobrado por Éder, Pereira rebateu mal e Robertinho ampliou. Aos 9 do segundo tempo, ele falhou na cobrança de escanteio de Zanata, e Renato, caído na área, fechou a goleada.

Foi o último jogo de Renato pelo Galo. Ele havia sido negociado com o Nissan, do Japão. E também foi um dos últimos do goleiro Pereira como titular – as suas falhas jamais foram perdoadas.

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