(Lucas Prates)
Depois da empolgante vitória sobre o Fluminense, por 3 a 2, há uma semana, era de se esperar que os jogadores do Atlético preferissem voltar a campo o mais rápido possível, para não perder o ritmo de jogo e o embalo na reta final do Campeonato Brasileiro. Mas os benefícios da parada de dez dias até o duelo com o Flamengo, quarta-feira, no Independência, pesam mais para o grupo do que a ansiedade de esperar pelo clássico.
“A ansiedade toma conta na reta final. Para mim, a parada não é boa, mas para o grupo, sim, pois nos ajuda na preparação para a partida com o Flamengo. Faltando pouco tempo para o fim da temporada, sempre há risco de lesão, as dores aumentam e vários jogadores atuam no sacrifício. Por isso, serve para todos recuperarem a parte física e também a mental”, avalia o atacante Guilherme.
Apesar de ter sido substituído contra o Fluminense – e foi hostilizado por parte da torcida –, a tendência é que Guilherme seja mantido como titular. O próprio técnico Cuca elogiou a postura tática do jogador nas últimas partidas.
“Quando eu disse, após o jogo com o Fluminense, que a torcida terá que me aguentar, porque tenho mais dois anos de contrato, não fiz um desabafo. Minha intenção foi apenas fazer um alerta, pois não sou um camisa 9 como antes. Se magoei alguém por isso, peço desculpas.”
Na coletiva de ontem, na Cidade do Galo, que recebeu cerca de cem torcedores, Guilherme ressaltou sua nova faceta, de jogador que ataca, arma jogadas e também marca.
“Tenho cumprido uma função importante no time, de cobrir as subidas de Marcos Rocha, que antes era feita pelo Danilinho e agora eu divido com o Serginho. Tenho procurado fazer o melhor e, coincidentemente ou não, fui titular contra o Fluminense, quando o Atlético teve sua melhor apresentação”, observa o atacante.
Rachão
Neste sábado, depois que os portões da Cidade do Galo foram abertos para a imprensa, os jogadores participaram apenas de um rachão. Ronaldinho Gaúcho participou do treino, mas deixou o campo antes do fim da atividade. Segundo o médico Otaviano Oliveira, ele teve uma indisposição intestinal, mas não é problema.