Novela Calleri termina com argentino preterindo o Atlético e optando pelo tricolor

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
19/01/2016 às 07:20.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:04
 (Javier García Martino/Boca Juniors)

(Javier García Martino/Boca Juniors)

Mais de uma semana se passou na minissérie “Jonathan Calleri”. Mas o capítulo final foi conhecido nessa segunda (18). O atacante, 22 anos, teve tempo para ouvir diferentes “cantadas” e escolher a que considerava melhor. Entre Atlético e São Paulo, o Tricolor dominou a arte da conquista. Assim, contará com o argentino por seis meses, por empréstimo.

O Boca Juniors saiu da trama, ao vender o jovem por US$ 12 milhões a um grupo de investidores. O Atlético surgiu como protagonista, mas, a cada capítulo, perdia espaço no enredo. Deu lugar para o São Paulo acionar seu charme, na figura pitoresca do técnico Edgardo “Patón” (desajeitado) Bauza, reconhecido nacionalmente no país vizinho pelo bicampeonato da Libertadores.

No Morumbi, Calleri, que deve ser anunciado nesta terça (19) pelo São Paulo, encontra maior probabilidade de ser titular, pois o Tricolor perdeu Luis Fabiano e Alexandre Pato. Trouxe, por ora, o atacante Kieza, destaque do Bahia na Série B.

Já no Atlético, Calleri até manteve contato com Lucas Pratto, exemplo de sucesso argentino no país verde e amarelo. Porém, teria de contar com a mudança de esquema tático do Galo para jogar. O Urso seria recuado para o encaixe de Jony, podendo o time alvinegro abrir mão de um armador centralizado.

O risco de jogar menos no Galo foi determinante para Calleri preterir o clube mineiro. Afinal, seu grande objetivo neste primeiro semestre é ser convocado para a Olimpíada do Rio, algo que só acontecerá se ele se transformar em peça fundamental da equipe escolhida.

Hasta luego, Alemanha

De última hora, para aumentar ainda mais o clímax da trama, os alemães invadiram o cenário. O Borussia Dortmund entrou na jogada e queria levar Calleri por empréstimo para, posteriormente, contratá-lo em definitivo.

Mas a presença da equipe aurinegra foi uma fumaça de suspense. Ir para a Alemanha significaria chegar sem tanta pompa, disputar posição e correr o risco de esquentar o banco gélido do Westfalenstadion, casa do time. Cenário fora de cogitação para a promessa argentina. Apesar de dizer “agora não” ao Borussia, Calleri irá jogar na Europa, mas só no meio do ano, quando a temporada 2016/2017 se iniciar.

O adiamento do sonho se explica pela busca do passaporte comunitário para não ocupar vaga de estrangeiro por lá. Calleri é descendente de italianos por parte de pai e mãe e deverá conseguir a documentação, mas o processo pode levar até oito meses. “Nos próximos dias ele terá de ir na Itália para este processo (passaporte)”, diz Guillermo, pai do atleta.
 

 

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