Quando o craque Ronaldinho Gaúcho colocar os pés no gramado sintético do Estádio Caliente, às 21h30 (de Brasília), todas as atenções estarão voltadas para o camisa 10 do Atlético. A partida contra o Tijuana, no México, pelas quartas de final da Copa Libertadores, é um novo capítulo da saga do campeão mundial no Galo, para ajudar o time a dar mais um passo importante rumo ao título inédito.
Além de deixar o Atlético mais perto das semifinais da competição internacional, os comandados do técnico Cuca tentarão manter um tabu de nunca ter perdido em solo mexicano. O último jogo aconteceu há quase 18 anos, em amistoso contra o São Francisco, vencido por 2 a 1 pelos mineiros. São três vitórias e dois empates contra clubes daquele país.
Com todos os 24 mil ingressos vendidos, este será o primeiro encontro de Tijuana e Atlético. Entre os torcedores, estão muitos mineiros que vivem nos Estados Unidos.
Desde que desembarcou no CT de Vespasiano, há quase um ano, R10 se tornou um embaixador do Galo por onde passa. Os estádios estão sempre lotados. Nas arquibancadas, torcedores de outros clubes que nem estão em campo se espremem para acompanhar o craque desfilar sua técnica.
Fãs
Tijuana nunca mais será a mesma. Desde a última terça-feira, quando o Atlético chegou à cidade, centenas de torcedores tentam, a todo custo, marcar Ronaldinho por onde ele passa. Os dois únicos treinos comandados por Cuca foram acompanhados por centenas de fãs, cena que se repete em frente ao hotel que hospeda da delegação.
A loja oficial do clube mexicano vende até mesmo uma camisa comemorativa do jogo, com a estampa de Ronaldinho e do atacante Riascos, do Tijuana.
Mais acostumados com a presença de R10, mas não menos encantados, o que os atleticanos esperam é uma daquelas atuações destacadas do jogador, para ajudar o Galo a entrar em campo, na semana que vem, mais tranquilo, no jogo de volta, no Independência.
Gramado
Quarta, o grupo atleticano teve o primeiro contato com o gramado sintético do Estádio Caliente, que estará lotado hoje. Apesar de saberem das dificuldades que encontrarão nas quatro linhas, por causa do pouco tempo de adaptação, os jogadores tentam não colocar essa situação como empecilho. “Já joguei em grama sintética quando era do Barcelona e nas peladinhas de fim de ano. É mais complicado, mas temos que entrar em campo sem pensar nisso”, diz R10.
Por causa de uma alergia, o volante Richarlyson foi vetado e não viajou com a delegação. Júnior César entra no time.