Ubaldo, o artilheiro dos clássicos no Independência

Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
22/08/2012 às 07:28.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:39
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Quando se fala na era Independência, um nome surge quase como sinônimo do estádio na memória dos torcedores que vivenciaram o período. Trata-se do ex-atacante Ubaldo Miranda, o Miquica. Ele é reconhecido como ídolo maior pelos atleticanos daqueles tempos e como um adversário de respeito, pelos cruzeirenses.

O “artilheiro dos gols espíritas” ainda caminha pela cidade ostentando a camisa alvinegra, com o número 9 e o seu nome às costas. Um presente que recebeu pelo correio de uma torcedora de Divinópolis. Aos 81 anos, não é mais carregado pelos atleticanos, como aconteceu após um clássico contra o Cruzeiro, nos tempos do Horto, mas ainda conserva a popularidade.

Ubaldo se aposentou pela Ademg, autarquia que administra o Mineirão, onde trabalhou por 25 anos. Há 15 é viúvo. Mora sozinho, a poucos metros da filha, Vera Lúcia, e costuma passar os dias no Mercado Novo, no centro de Belo Horizonte, onde tem amizades de todas as torcidas.

Sente-se um homem realizado, que conhece a Europa e várias partes do mundo. É cidadão honorário e um dos 100 maiores nomes do centenário da capital, comemorado em 1997. Também recebeu do governo do Estado a Medalha da Inconfidência. O ex-jogador recorda com muito prazer dos clássicos contra o Cruzeiro.

Um dos maiores

Ubaldo é um dos maiores artilheiros do duelo no Independência, com 14 gols (um a menos que Tomazinho, também ex-atacante do Galo). “Eu tinha um gosto especial em marcar no clássico. É que eu não gosto do Cruzeiro”, resume.

Para ele, o melhor de todos os clássicos foi a goleada por 5 a 2, em 29 de junho de 1958. “Foi no dia em que o Brasil conquistou a Copa do Mundo, pelo mesmo placar, contra a Suécia”, conta.

Sem titubear, aponta o zagueiro Mussi como o melhor marcador do time estrelado que enfrentou. “Ele marcava bem, me dava muito pontapé, mas a parada não era fácil. Ninguém conseguia me segurar”, afirma.

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