Esporte individual que mais conquistou medalhas para o Brasil na história dos Jogos Olímpicos (22 no total), o judô obteve um resultado bem aquém do esperado na Olimpíada de 2016. Com vários atletas considerados favoritos, além de competir em casa, o país esteve apenas três vezes no pódio, uma a menos que em Londres-2012.

Neste início de um novo ciclo olímpico, entretanto, alguns promissores judocas já vêm despontando como candidatos a manter a tradição vitoriosa do judô em Olimpíadas. Um deles é Juscelino Alves Júnior, de 24 anos, atleta da equipe Belo Dente/Minas. Mineiro de Ipatinga, ele compete na categoria peso pesado (acima de 100kg) e acumula resultados expressivos neste ano, como as conquistas do Campeonato Brasileiro e do Troféu Brasil.

Os títulos garantiram a Juscelino o direito de disputar uma seletiva que vale vaga na Seleção permanente, na qual serão definidos quais atletas irão representar o Brasil nas principais competições e pontuar no ranking da Federação Internacional de Judô.

“O ciclo para 2020 já começou, e graças a Deus venho conseguindo resultados muito bons. Conquistei o Campeonato Brasileiro e o Troféu Brasil, e dificilmente alguém ganha os dois no mesmo ano. Me imagino todos os dias chegando ao Japão, que é a terra do judô, e competindo lá. Seria um sonho grande, e me imagino todos os dias disputando a Olimpíada e chegando ao pódio”, afirma.

Referência

Quem também se destaca é Gustavo Assis, 22, da categoria meio médio (menos de 81kg). No último fim de semana, o judoca mineiro conquistou a medalha de prata no Sul-Americano, disputado no Peru. Antes, Gustavo já havia conquistado a medalha de ouro no Aberto Europeu de Tallinn, além da prata no Brasileiro Sênior e do bronze no Troféu Brasil.

Caso conquiste a vaga na Seleção, Gustavo terá a dura missão de substituir Tiago Camilo, campeão mundial e dono de duas medalhas olímpicas. Representante do Brasil nos Jogos do Rio, o judoca de 34 anos dificilmente fará parte de um novo ciclo. 

“Certas pessoas são insubstituíveis. O Tiago com certeza é uma delas. É um mito, uma lenda do nosso esporte. Eu não encaro como se fosse substituí-lo, mas como uma referência que tenho. Muito bom ter essa energia e saber que, se eu ganhar essa vaga, tenho tudo para ganhar uma medalha olímpica”, avalia.

Grand Prix

Juscelino e Gustavo integram a delegação do Belo Dente/Minas que disputa, neste fim de semana, o Grand Prix Nacional Interclubes, no Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo.

*Colaborou Lucas Borges

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