Atleticanos e americanos se dividem na final da Sul-Americana por objetivos particulares

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
05/12/2017 às 20:47.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:04
 (Montagem sobre fotos de Atlético e América)

(Montagem sobre fotos de Atlético e América)

Independiente, da Argentina, e Flamengo começam a decidir nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Estádio Libertadores de América, em Avellaneda, na Grande Buenos Aires, a Copa Sul-Americana. Atleticanos e americanos estarão ligados no confronto, pois o resultado final da competição pode influenciar positivamente na temporada 2018 dos dois clubes mineiros.

E o histórico da segunda competição de clubes da América do Sul em importância, que é disputada desde 2002, pode ser usado como alento pelos dois lados, pois o Atlético depende do título do Flamengo para ir à Libertadores do ano que vem. Já o América, só entra na Copa do Brasil de 2018 diretamente nas oitavas de final, caso o Independiente levante a taça da Sul-Americana no próximo dia 13, no Maracanã.

A Copa Sul-Americana já teve 15 edições, mas no ano passado não teve decisão do título, pois o acidente com a delegação da Chapecoense, que se dirigia a Medellín, na Colômbia, para a partida de ida da final contra o Atlético Nacional, impediu que isso acontecesse e os catarinenses foram declarados campeões, num gesto que partiu do adversário colombiano.

Nas outras 14 edições, que tiveram a final jogada em ida e volta, em 12 oportunidades o clube que foi mandante do segundo confronto foi o campeão. E isso anima muito os atleticanos, pois a partida decisiva da Copa Sul-Americana de 2017, em 13 de dezembro, será no Maracanã, com mando do Flamengo.

Mas os americanos também têm ao que se apegar. As duas festas visitantes na casa do adversário foram feitas pelo Pachuca, do México, no Estádio Monumental, em Santiago, em 2006, após levarem a melhor sobre o Colo-Colo, do Chile, e pela LDU, do Equador, no Maracanã, após repetir o feito da Libertadores de 2008 e bater o Fluminense no Maracanã, no Rio de Janeiro, na decisão da Sul-Americana de 2009.

ESPECIAL

Para o Atlético, ir à Copa Libertadores de 2018 significará manter viva a chance de igualar em 2019 a maior sequência de participações consecutivas de um clube brasileiro na história da competição.

A marca de sete Libertadores seguidas foi alcançada pelo São Paulo entre 2004 e 2010. Se o Flamengo vencer a Copa Sul-Americana, classificará de tabela o Atlético para a disputa da sua sexta Libertadores seguida, numa sequência que começa em 2013, quando o Atlético foi o campeão derrotando o Olimpia, do Paraguai, na decisão.

Além disso, a classificação permitirá ao Atlético entrar no grupo dos clubes brasileiros que já disputaram a principal competição de clubes das Américas pelo menos dez vezes.
Nesse ranking, o Cruzeiro está isolado na segunda posição, com 16 participações, apenas duas a menos que os recordistas São Paulo, Grêmio e Palmeiras, com 18 Libertadores, cada, sendo que os dois últimos completam essa marca na próxima temporada. Com certeza, a decisão da Copa Sul-Americana de 2018 será bem especial para o futebol mineiro.

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