No Dia dos Namorados, o clássico mineiro provou ser o mais apaixonante do Brasil

Frederico Ribeiro e Guilherme Guimarães
esportes@hojeemdia.com.br
12/06/2016 às 21:01.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:52
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

ocê para a cidade, acelera o coração, tira o fôlego muito mais do que só em 90 minutos. Você é o clássico mais apaixonante do Brasil e ontem renovou o sentimento que transmite.

No Dia dos Namorados, foram os cruzeirenses que conquistaram os três pontos para cima do rival Atlético. Uma vitória empolgante, de virada por 3 a 2, no Independência, com direito a todos os ingredientes que fazem dos clássicos a razão de viver do futebol mineiro.

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Os olhos estavam todos virados para o goleador Fred. O atacante estreava pelo Atlético, após um caso de traição (na visão celeste) com o Cruzeiro. Juras de amor ele não fez ao Galo, mas explodiu o peito alvinegro ao marcar o gol de empate quando a Raposa ganhava por 2 a 1.

O camisa 99 (que era 77), nunca falha na hora H. Fred marcou em todas as estreias por clubes na carreira. Sete gols em cinco jogos. E ainda fez valer a famosa “lei do ex” no futebol. Mas o novo amor da Massa terá que ficar em segundo plano. Afinal, quem levou a vitória para casa e a beijou calorosamente foi o time celeste. Bruno Cantini/Atlético

Casal atleticano celebrou o amor no Horto, mas viu o time perder em casa

O colombiano Duvier Riascos, amado irônico do Atlético por conta do pênalti perdido na Libertadores de 2013, ratificou a máxima da vingança ser um prato frio. Aquele pênalti defendido por Victor enterrou a qualidade do atleta. Mas, ontem, o camisa 18 marcou o segundo gol celeste em bela jogada do uruguaio Giorgian Arrascaeta. Foi o terceiro gol de Riascos em cinco jogos contra o Galo (pelo Tijuana, Vasco e Cruzeiro).

TRATO FINO
Arrascaeta, inclusive, merece um capítulo à parte. Tímido e cabisbaixo, o armador do Cruzeiro trata a bola com carinho raro quando quer. Após o Atlético abrir o placar em cobrança de falta de Rafael Carioca, Arrascaeta arrancou para cima de Leonardo Silva, provou que o capitão está perto de se tornar um amor antigo da Massa e tocou para Alisson empatar pela primeira vez.

O triunfo celeste foi um balde de água fria no Independência. Após Fred marcar e deixar tudo igual novamente, Gabriel fez falta dura em Arrascaeta e começou a confusão. Os laterais Bryan e Marcos Rocha, nutrindo um “ódio” antigo dos tempos de América, se estranharam e foram expulsos. Fred, cinicamente, recolheu um objeto atirado no gramado (chileno) e o escondeu atrás do gol alvinegro. Mais confusão e cartões amarelos para o atacante e o volante Henrique, que foi desmontar a malandragem. Washington Alves/LightPress/Cruzeiro

Torcida celeste provocou, xingou e comemorou a vitória no Horto

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Minutos depois da briga, o zagueiro Bruno Rodrigo aproveitou cruzamento de Arrascaeta (homem do jogo) para dar a vitória à Raposa e fazer até mesmo o carrancudo técnico Paulo Bento se derreter de amor pela maior rivalidade do país.

Uma vitória celeste na base do suor, que tira o time da zona de rebaixamento. De forma efervescente, capaz de render três cartões vermelhos à equipe do Barro Preto e um para o de Lourdes, e ainda empurrar o rival para o Z-4.

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