Brilho nos olhos

Presente em todos estádios onde o Atlético jogou, torcedor conhece Arena MRV e vive sonho

Letícia Lopes
@leticialopesou
31/12/2022 às 09:00.
Atualizado em 31/12/2022 às 09:10
 (Fernando Michel /  Hoje em Dia)

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

Mamede é um atleticano, que assim como todo bom torcedor, acompanha seu time em todos os momentos e lugares. Aos 68 anos, ele aguarda ansiosamente a inauguração da Arena MRV, o estádio do Galo, que será, sem dúvidas, a casa mais significativa do clube. Ele afirma que a arena é um sonho tão grande, que ele sequer sonhou. 

Na década de 60, quando o Atlético treinava no clube social, ao lado do que era o estádio Antônio Carlos, onde hoje é o Diamond Mall, Mamede estava lá. De família “graças a Deus” atleticana, ele frequentou o lugar desde menino. “Eu vi bons times nascerem ali”. 

Depois, o Galo passou a jogar no Alameda, na região hospitalar, com uma situação que começava a melhorar, e claro, o jovem alvinegro marcou presença em vários jogos que aconteceram por lá. Depois veio o Independência, que ele se recorda de ter se tornado a sensação da capital, até se tornar pequeno com a inauguração do Mineirão. 

Na Pampulha, Mamede viveu bons momentos, mas depois da reforma do Mineirão, ele perdeu um pouco do entusiasmo. “O Novo Mineirão não me representa, nunca representou”, disse ele se referindo às normas e padrões da CBF e da Fifa, que na visão dele o tornaram um estádio “frio”.

Ele sabe, inclusive, que estas medidas também estarão na Arena MRV. Porém, o  torcedor destacou um fator que o deixa despreocupado: “a torcida atleticana muda as coisas, mudam os lugares. Vai ser um estádio vibrante, como todos os outros que pisamos”.

Todas as lembranças de estádios estavam na ponta da língua, mas sumiram quando Mamede chegou à Esplanada da Arena MRV. O silêncio, que conseguiu dizer muito, foi interrompido por um elogio repetido diversas vezes em que ele passou dentro do estádio: “Espetacular”. 

“Eu não imaginava viver isso aqui, não”, continuou, relembrando os tempos difíceis do Atlético. Para ele, o Galo começou uma evolução “que não tem volta mais”, mas um estádio daquela magnitude não estava nos seus pensamentos. “Quando frequentávamos o Clube Social, por exemplo, os jogos, os lugares, eram  por uma coisa mais romântica, quase bucólica, eu diria”, disse ele, comparando as expectativas.

Sentado na arquibancada que será destinada à organizada do Atlético, ele olhou atentamente cada detalhe e escolheu o setor que irá frequentar nos dias de jogo. “Eu gosto de assistir jogo olhando de cima, vou comprar por ali”, disse se referindo a arquibancada que será denominada “Banco Inter”.

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

(Fernando Michel / Hoje em Dia)

Com um sonho não sonhado realizado, ele começou a planejar os próximos. Entre as competições, a que ele mais deseja comemorar no estádio é a Série A. “Quero ser campeão brasileiro aqui. Uma Libertadores tem seu lugar, mas o Brasileiro é um desafio maior”, explicou. 

Como não podia faltar, um clássico contra o Cruzeiro também já está desenhado e com resultado definido. “O Galo vai dar uma “surra” na Raposa e vai ser bom demais fazer isso no que será só a nossa casa”, projetou Mamede.

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