Auditor do STJD avalia que Cruzeiro e Atlético podem ser punidos

Wallace Graciano - Hoje em Dia
14/10/2013 às 20:25.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:20

Os incidentes ocorridos no clássico do último domingo (13), entre Atlético e Cruzeiro, no Independência, podem fazer com que os dois clubes sofram sanções do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Segundo a visão do auditor-presidente da quarta comissão disciplinar do órgão, Paulo Bracks, a procuradoria do tribunal pode apresentar denúncia contra a Raposa pela briga entre as facções do clube, antes do duelo, e pela bomba lançada na torcida rival, enquanto o Galo deve ser enquadrado por não oferecer condições para prevenir e reprimir a conduta.

“Pelo histórico, acredito que a procuradoria deve apresentar uma denúncia contra os dois clubes. O Cruzeiro pode, em tese, ser o responsável pela torcida que causou os problemas que foram relatados na súmula pelo árbitro Luís Flávio de Oliveira. Também por, em tese, sua torcida ter lançado os objetivos explosivos. O Atlético também deve ser denunciado por deixar de tomar providências que possam reprimir essa conduta”, avaliou o auditor presidente do STJD.

De acordo com Bracks, caso a procuradoria ofereça a denúncia, os clubes, teoricamente, serão enquadrados no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). "Se a denúncia for apresentada e for considerado um fato grave os artefatos lançados, o Cruzeiro pode sofrer a sanção de perda de mando de campo. O Atlético pode ter que pagar multa de 100 a 100 mil reais. Tudo dependerá do pedido da procuradoria. Não sei como a procuradoria poderia agir. Ela pode pedir a pena máxima para os dois”, aponta Bracks. Ele esclareceu ainda que não é necessário que aconteça um dano físico para o uso dos artefatos explosivos seja considerado grave.

O auditor explica que a procuradoria deve esperar a entrega completa da súmula do árbitro da partida para apresentar sua denúncia, mas que imagens da internet podem ser anexadas ao processo, caso queiram os procuradores do órgão.“É preciso esperar a entrega da súmula do árbitro. Por enquanto, ele apresentou apenas a súmula eletrônica. Ele tem o prazo de 48 horas após a partida para enviar o relatório, inclusive assistindo às imagens dos problemas que tivemos no clássico, mesmo que não tenha presenciado. Os procuradores também podem anexar imagens, inclusive do Youtube, caso possam colaborar no processo”, afirma Paulo.

Na súmula eletrônica entregue à Confederação Brasileira de Futebol logo após a partida, Luís Flávio de Oliveira apenas relatou a briga entre torcedores do Cruzeiro. “Informo que às 15h30 quando a equipe de arbitragem se encontrava em campo para o aquecimento, observamos uma confusão entre os torcedores do Cruzeiro no local destinado a essa torcida, sendo prontamente contida pela Policia Militar”, descreveu.

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