Aumentar o número de jovens no grupo principal é a saída para driblar crise

Henrique André - Hoje em Dia
23/11/2015 às 08:08.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:02
 (Montagem)

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Apostar nas categorias de base é a estratégia dos principais clubes brasileiros para driblar a crise econômica presente no futebol e em quase todos os setores do país. Em Minas Gerais não é diferente.

Com os recursos limitados para contratar e com o mercado inflacionado, América, Atlético e Cruzeiro apostam cada dia mais na prata da casa. O intuito dos três é alcançar retorno técnico e financeiro com os seus jovens.

“A categoria de base é a nossa solução, já que a arrecadação por aqui (Minas Gerais) é bem menor do que a dos clubes do eixo Rio-São Paulo”, comenta o superintendente da base do Cruzeiro, Antônio Assunção.

A atenção da Raposa aos garotos é tão grande, que um projeto de transição da base para o grupo principal ganhou força no clube nos últimos meses.

Acompanhados de perto pelo técnico Mano Menezes e o auxiliar Deivid, os juniores treinam pelo menos duas vezes por semana na Toca da Raposa II. A intenção deste acompanhamento é que os jovens sintam o mínimo possível a mudança de categoria e se acostumem com a rotina do time principal.

Aprovados nesta transição, os atacantes Judivan e Allano, ambos de 19 anos, e o meia Marcos Vinícius, de 20, hoje integram a equipe principal e são utilizados constantemente por Mano Menezes. Já o zagueiro Bruno Viana, promovido há pouco mais de um mês, ainda não estreou pela equipe principal.

Galo na base

Seguindo a mesma linha do rival, o trabalho na Cidade do Galo também é voltado para os mais novos. De acordo com o coordenador das categorias de base do Atlético, André Figueiredo, apostar nos jovens é essencial, mas necessita de bastante cautela.

Segundo ele, os meninos precisam de cuidados especiais para que não queimem etapas e virem frustrações ao chegarem ao grupo principal, isso, se chegarem. “O processo de formação é muito complexo, pois os jovens oscilam muito nessa trajetória”, explica o coordenador alvinegro. “Quem está em alta hoje e se destaca, pode ficar pelo caminho por diversos fatores”, acrescenta.

No plantel atual, dois atletas com idade para atuar pelo sub-20 são utilizados pelo técnico Levir Culpi: o volante Eduardo e o atacante Carlos, ambos de 20 anos.

Tradição

Com tradição de bons trabalhos nas categorias de base, o América colheu um grande fruto nesta temporada. O atacante Richarlison, 18 anos, foi promovido ao grupo principal durante a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e tornou-se o jogador mais cobiçado do clube.

Com passe fixado em 15 milhões de euros, ele pode aliviar os cofres do Coelho na próxima temporada.

“O trabalho não mudou. Sempre fomos um clube revelador, que dá muitas oportunidades para os meninos”, comenta o coordenador Hélio Lanza.

Segundo ele, os jovens atletas são acompanhados de perto pelo técnico do time principal, Givanildo Oliveira, e pelo auxiliar Cláudio Prates.

O próximo compromisso do sub-20 do América é a Copa São Paulo, entre os dias 2 e 25 de janeiro de 2016.

Galo e Raposa, que também estão na Copinha, antes viajam até Porto Alegre, para a disputa do Campeonato Brasileiro da categoria. A competição acontecerá entre os dias 5 e 20 de dezembro.
 

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