Bárbara! Goleira brasileira salva erro de Marta nos pênaltis e classifica o Brasil

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
13/08/2016 às 00:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:20
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Um Mineirão lotado para ver o Brasil em campo. Gritos de "eu acredito" e até mesmo o ritual viking popularizado pela Islândia na Eurocopa. Valia de tudo para empurrar a equipe nacional rumo à vitória. Eram as meninas em ação, diante da Austrália. Um jogo tenso, com as jogadores gastando as últimas gotas de suor nas quartas de final do torneio Olímpico. Uma atmosfera positiva, que culminou em um desfecho emocionante.

Nos pênaltis, a goleira Bárbara foi a heroína com duas defesas. Marta errou a quinta cobrança brasileira, mas a camisa 1 salvou a pele da rainha do futebol e fez defendeu outra bola para levar à camisa 10 às lágrimas.

O jogo
O Brasil entrou em campo sem a principal artilheira. Cristiane até conseguiu fazer aquecimento com bola antes da partida. Mas já estava vetada por conta de lesão. O jeito foi lançar bolas ao ataque e contar com o talento individual de Marta. A camisa 10 correu, arrancou com a bola, mas estava pouco inspirada e assessorada pelas companheiras.
A goleira Bárbara chegou a dar um susto na torcida em um lance no primeiro tempo. Saiu mal do gol e chegou a fazer falta para expulsão na adversária, mas contou com a ajuda da arbitragem, que mandou seguir o lance.

A equipe da casa tinha a posse de bola e era empurrado pela torcida. Tamires, com bom apoio, chegou com perigo nas pontas. Do outro lado, a lateral Fabiana foi substituída por lesão. A única mudança do técnico Vadão até os 10 minutos da prorrogação.

Andressa Alves, a segunda melhor jogadora de ataque do time, perambulou em todos os setores do campo. De "secretária de lateral" à ajudante de Formiga, ela terminou o jogo como ponta esquerda. A volante de 38 anos, inclusive, merece uma medalha de ouro pela raça, dedicação e carrinhos impecáveis.

Com Debinha e Beatriz errando tudo, o Brasil começou a chutar de fora da área. Muitos escanteios, chances claras de gol. Andressa, por exemplo, quase marcou aos 90 minutos. Em compensação, as australianas acertaram a trave brasileira e calaram, por alguns segundos, o Mineirão.

Na prorrogação, um jogo arrastado, com mais falhas técnicas. Apenas uma falta batida por cima do gol, por Andressa Alves, e alguns contra-ataques mal aproveitados da Austrália deram emoção. O jeito foi decidir nos pênaltis.  Melhor para o Brasil e a "Santa Bárbara". No fim, o DJ do Mineirão encerrou a comemoração com "Diga espelho meu, se há na avenida alguém mais feliz do que eu". Do que Marta, Bárbara, Vadão e Cia, nã existe mesmo não.

Ficha Técnica
Brasil 0 (7) x 0 (6) Austrália

Brasil: Bárbara; Fabiana (Poliana), Mônica, Rafaelle e Tamires; Formiga, Thaisa (Adressinha), Andressa Alves e Debinha; Marta e Beatriz. Técnico: Vadão.

Austrália: Williams; Foord, Alleway, Kennedy e Catley (Logarzo); Gorry, Kellord-Knight e Van Egmond; Kerr (Crummer), De Vanna (Polkinghorne) e Simon (Heyman). Técnico: Alen Stajcic.

Pênaltis:
BRA: Andressa Alves (V), Andressinha (V), Beatriz (V), Rafaelle (V) Marta (X), Debinha (V), Mônica (V), Tamires (V)
AUS: Kellond-Knight (V), Alleway (V), Van Egmond (V), Polkinghorne (V), Gorry (X), Heyman (V), Logarzo (V), Kennedy (X)

Arbitragem:  Carol Anne Chenard, auxiliada por Marie José Charbonneau e Suzanne Morisset.
Cartões amarelos: Tamires, Marta e Andressa Alves (BRA); Alleway, Kennedy e Foord (AUS)
 

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