(Flávio Tavares)
Em 1976, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) instituiu o 19 de julho como o Dia Nacional do Futebol, uma homenagem ao Sport Club Rio Grande, clube mais antigo do país, fundado nessa data, em 1900.
Mais de uma década antes, precisamente desde 1965, Minas Gerais já tem o seu Dia Estadual do Futebol, que não está em leis, decretos ou resoluções. Foi a paixão que transformou o 5 de setembro na nossa data.
Cinquenta anos depois da inauguração do Gigante da Pampulha, o Hoje em Dia conta a sua história de dentro para fora.
A primeira base de consulta para a produção deste almanaque foram as fichas dos jogos que faziam parte do arquivo da Administração de Estádios de Minas Gerais (Ademg), integrando hoje o acervo do Museu Nacional do Futebol, que funciona no estádio.
Personagem
O responsável por essas fichas, que foram confrontadas com jornais da época, é José França, 76 anos, mineiro de Papagaios, Região Central.
Ele chegou para trabalhar no estádio, como um dos encarregados da obra, em 1961, quando o Mineirão era ainda quase um sonho.
Depois, como um dos gerentes de operação, praticamente não assistia aos jogos. Sua função exigia a conferência das roletas de público e o fechamento do borderô, que precisava ser anunciado antes do término dos confrontos.
Seu contato maior com as partidas, desde 1965, era no dia seguinte. Com a velha máquina de escrever, preenchia as fichas técnicas dos jogos disputados no Gigante da Pampulha.
E nelas, o detalhe que originou a elaboração desse caderno: “Anormalidades”. Cada fato curioso dos jogos era anotado, estando agora à sua disposição.
A começar pelo jogo de abertura, que tem a ficha original e peças que fizeram parte daquele Seleção Mineira 1, River Plate 0, integrando o acervo do Museu Brasileiro do Futebol.
Conheça a história de José França