Bisset é o novo atacante de segurança do Minas

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
12/10/2016 às 08:41.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:12
 (Orlando Bento/MTC)

(Orlando Bento/MTC)

A rivalidade entre Brasil e Cuba no vôlei feminino pode ter ficado mais marcada, mas entre os homens o confronto entre a seleção de verde e amarelo e a de azul e vermelho também deu o tom nas principais competições. Basta lembrar quando, do outro lado da quadra, estavam craques como D’Espaigne, Diago e Hernández.

A lenta abertura do regime comunista da ilha deu, aos atletas do país, a chance de atuar em outros países, mas ainda a um preço alto: é preciso passar dois anos longe das quadras para obter a sonhada autorização, abrindo mão de defender o país em competições internacionais. 

Pois um dos mais novos a optar pelo caminho se tornou uma das apostas do Minas para uma boa campanha no Mundial Interclubes, que começa dia 18, e na Superliga, a partir do dia 26. Yordan Bisset, 21 anos e 1,99m, chegou com a obrigação de ser o homem de decisão, o oposto, que joga na diagonal do levantador e é responsável pelas bolas de segurança. Nada que o intimide, muito pelo contrário.

Jogador de 21 anos vive a primeira experiência como profissional depois de dois anos sem atuar, como exige a legislação do país caribenho a quem quer se transferir para o exterior

 Gosto de jogar com a responsabilidade e atacar é o que sei fazer de melhor”, diz o introvertido nativo de Havana, obrigado, nos últimos dois anos, a manter a forma jogando na praia ou participando de treinos e atividades físicas.

Bisset chegou para ocupar a vaga do compatriota Escobar, que se transferiu para o Japão – a ideia é seguir trajetória semelhante em alguns anos, integrando ligas em melhor situação financeira. Ou mesmo repetir o caminho do compatriota Leal, ponteiro que se tornou uma das referências do Cruzeiro – o central Simón, um dos melhores do mundo na posição, chegou este ano para reforçar o grupo celeste.

“Conversei com eles antes de vir e os dois me passaram ótimas impressões. O Brasil é mesmo o lugar ideal para ganhar experiência, estamos falando do campeão olímpico. Sempre houve uma rivalidade forte em quadra, mas é um país que admiro e estou muito feliz por jogar aqui”.


POUPADO
O cubano foi poupado pelo técnico Nery Tambeiro durante as fases finais do Mineiro para se recuperar de um estiramento na musculatura peitoral. Agora, terá a chance de mostrar do que é capaz diante dos melhores do mundo.

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