Em meio aos problemas envolvendo o futuro das instalações olímpicas no Rio, ainda sem destino e uso certos; do rombo nas contas do comitê responsável pela organização da primeira edição do evento na América do Sul e dos problemas enfrentados por confederações como a do Basquete, que segue suspensa pela Federação Internacional (Fiba), finalmente uma notícia que traz certo alento e esperança para o esporte brasileiro.
O Ministério do Esporte confirmou a primeira lista de contemplados pelo programa Bolsa-Pódio, que ajudará a custear a preparação dos destaques olímpicos e paralímpicos rumo aos Jogos de Tóquio'2020. Desta vez, 183 nomes foram incluídos, aumento de 306% em relação a agosto de 2013, quando tiveram início os pagamentos aos atletas qualificados inicialmente para o ciclo encerrado ano passado, em casa. Deles, 70 contarão com o incentivo pela primeira vez, com valores que vão dos R$ 5 mil aos R$ 15 mil. Uma ajuda preciosa num momento em que, como esperado, o suporte privado encolhe devido ao cenário econômico negativo e aos mais de três anos que ainda faltam para a próxima edição da festa maior do esporte.
Casos como de Maicon Andrade Siqueira, lutador de taekwondo de Ribeirão das Neves que foi uma das revelações da delegação brasileira no Rio, com o inesperado bronze na categoria acima de 80kg. Atualmente radicado em São Caetano do Sul (SP), ele vinha encontrando dificuldades para se preparar da forma adequada e temia pelo próximo ciclo olímpico. Também estão na lista judocas da equipe do Minas Tênis, comandada por Floriano Almeida Neto: foram contemplados Alex Pombo e Mariana Silva. Da natação, o especialista em maratonas aquáticas Diego Vilarinho.
Paralímpicos
Do montante anual inicialmente previsto (R$ 23,8 milhões), a parcela principal foi destinada aos atletas paralímpicos: R$ 12,9 milhões, que beneficiarão a preparação de 92 destaques nas várias modalidades, casos da velocista mineira Terezinha Guilhermina; dos nadadores Daniel Dias e André Brasil.
A lista, que ainda pode ganhar novos nomes – o prazo máximo para indicação de atletas se encerra em 10 de outubro – será revista anualmente, de acordo com o desempenho dos atletas e os relatórios das diferentes confederações. Uma das exigências é um posto entre os 20 primeiros do ranking mundial na respectiva categoria.