Brasileirão 2016 pode ter o melhor vice da era dos pontos corridos e queda evitada até com 43 pontos

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
15/10/2016 às 09:36.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:14
 (Bruno Cantini/Atlético e Célio Messias/Light Press/Cruzeiro)

(Bruno Cantini/Atlético e Célio Messias/Light Press/Cruzeiro)

A oito rodadas do final, o Campeonato Brasileiro de 2016 caminha para ter o melhor vice-campeão dos pontos corridos. Por outro lado, o rebaixamento pode ter uma queda na pontuação necessária para se evitar a Série B. As duas marcas interessam diretamente a atleticanos e cruzeirenses. A diferença é que a primeira é ruim para o Galo. A segunda, ótima para a Raposa.

O Flamengo, atual vice-líder do Brasileirão, tem 66,7% de aproveitamento, que se projetado para 38 rodadas vai dar 76 pontos. Os melhores vices dos pontos corridos foram Grêmio (2008) e Atlético (2012), com 72 pontos e 63,2% de aproveitamento.

“O Flamengo tem boas chances de chegar aos 73, 74 pontos. O Palmeiras, acredito que possa alcançar até mais, 75 ou 76. Realmente, tudo leva a crer que teremos em 2016 o melhor vice-campeão da história dos pontos corridos. Isso obriga o Atlético a ter uma reta final praticamente perfeita para ter chance de título”, garante Gilcione Nonato da Costa, responsável pelo site Probabilidades no Futebol, mantido pelo Departamento de Matemática da UFMG.

Pelos números da UFMG, são hoje de 89% as chances de o título ficar com Palmeiras (52,9%) ou Flamengo (36,1%). Atlético (6,5%) e Santos (4,6%) aparecem como azarões, mas contam com um trunfo que pode ser decisivo: ainda enfrentam os dois primeiros colocados.

No caso do Galo, os jogos contra Palmeiras e Flamengo serão em Belo Horizonte. O Peixe recebe o líder, mas encara o segundo colocado no Maracanã.

“O que mantém os dois vivos na briga pela taça são esses confrontos diretos. Mas para terem chances, precisam vencer. Até o empate será muito ruim”, garante Gilcione.

Desde o início do Brasileiro por pontos corridos, os matemáticos dizem que o segredo para se chegar ao título é conquistar dois pontos por jogo, um aproveitamento de 66,7%. A marca não precisou ser alcançada por nenhum campeão em 13 edições. Na de 2016, deve ser a chave para o título brasileiro.

Apesar de o Brasileirão de 2016 caminhar para ter o melhor vice dos pontos corridos, o campeão dificilmente será o melhor, até mesmo das edições com 20 clubes, iniciadas em 2006. Ano passado, o Corinthians levantou a taça com 81 pontos. Para ultrapassar o rival, o líder Palmeiras precisaria vencer sete das oito partidas que ainda tem pela frente.

Queda

Os sete pontos nas últimas três rodadas fizeram o Cruzeiro respirar na briga contra o rebaixamento. O time de Mano Menezes foi beneficia do ainda por resultados favoráveis em jogos de concorrentes diretos. Isso deve fazer, inclusive, que a pontuação para se evitar a queda seja menor que a calculada no início do returno.

A projeção do aproveitamento do Sport, primeiro time fora da zona de rebaixamento, para 38 rodadas, dá 43 pontos. Com essa marca, segundo a UFMG, um clube tem 45,8% de chances de queda.

Dentro dessa realidade, mais seis pontos nos 24 que ainda disputa salvariam o Cruzeiro. De toda forma, não devem ser necessários 45 pontos, marca quase padronizada contra o rebaixamento para a Série B.

“Realmente estamos vivendo uma queda na marca do rebaixamento e os 45 pontos podem não ser necessários para que um time siga na Série A”, afirma Gilcione.

Além disso

Árbitro brasileiro na Copa do Mundo de 2014, Sandro Meira Ricci acumula mais uma grande polêmica em sua carreira. Depois de anular, validar e depois anular de novo um gol do Fluminense, na derrota de 2 a 1 para o Flamengo, na última quinta-feira, em Volta Redonda, pelo Brasileirão, ele fez uma súmula confusa, em que minimiza os fatos e erra nas contas de tempo da etapa final.

O episódio fez o Fluminense anunciar que vai pedir a anulação do jogo, pois a suspeita é de que houve interferência externa, com uso do vídeo, para a decisão final de Ricci, o que é proibido pela Fifa. O árbitro entrou ainda na mira da Comissão Independente de Arbitragem da CBF, que recomendará à entidade o seu afastamento do restante do Campeonato Brasileiro. 

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