Às vésperas da eleição presidencial no Cruzeiro, justamente no momento em que o presidente Gilvan de Pinho Tavares, junto de aliados, arquiteta a montagem da chapa da situação, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin "sai de cena" dos bastidores do clube. 

O motivo do afastamento não é político, pelo contrário, acontece por problemas pessoais. Segundo apurou o Hoje em Dia, Vicintin pediu licença de suas atribuições na diretoria cruzeirense para dar atenção ao pai, Ricardo Antônio Vicintin, 68, que está doente. 

Bruno Vicintin contou com a solidariedade de seus pares, principalmente Gilvan de Pinho Tavares, que acataram o pedido de licença sem fazer ressalvas. Liberado de suas atribuições, o vice de futebol da Raposa deixou Belo Horizonte e viajou para acompanhar o pai em um procedimento cirúrgico em hospital fora da capital mineira. 

Fontes próximas ao dirigente disseram que Vicintin deixou o Brasil. No entanto, a reportagem não conseguiu confirmar a cidade onde será a cirurgia e nem a doença de Ricardo Vicintin, que está nos Estados Unidos para cuidados médicos.

Pelas redes sociais surgiram boatos sobre um possível afastamento de Bruno da diretoria cruzeirense por um racha com Gilvan de Pinho Tavares. E que por isso o dirigente estava se afastando do cargo. Fato desmentido pelo próprio Vicintin em sua conta particular no Twitter na noite dessa segunda-feira. 

"Estou viajando por motivos familiares, gostaria que fossem respeitados. As pessoas no Cruzeiro que precisam saber a razão estão informadas. Não há rompimento. O presidente Gilvan tem minha eterna amizade e gratidão por ter me colocado em cargos de administração do clube que amo", explicou. 

Também pelo Twitter, Vicintin divulgou um plano de governo com ações que ele pensava em implementar caso concorresse às eleições presidenciais, e fosse eleito. Como ele não reúne condições estatutárias para ser candidato e não haverá mudança no estatuto, o que permitiria tal candidatura, o atual vice de Gilvan resolveu tornar o documento público. 

No plano de gestão integrada, produzido em parceria com uma empresa especializada, metas audaciosas foram traçadas. Como por exemplo a conquista de um Mundial Interclubes, ser tricampeão da Copa Libertadores, atingir receita de R$ 500 milhões, ser o quarto time brasileiro no ranking de torcida, ganhar pelo menos três títulos expressivos no cenário nacional e obter orçamento de R$ 350 milhões para o departamento de futebol. Esses feitos, segundo o documento "sistema de gestão integrado do Cruzeiro, com prazo até 2027 para serem atingidos. 

A missão pensada não seria fácil, mas Vicintin e a empresa Smart Valor pensaram em atingir tais objetivos por meio da profissionalização e da reestruturação organizacional do clube, partindo da gestão financeira, comercial, de despesas,  gestão técnica do futebol, planejamento estratégico e gestão da torcida.

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