(Editoria de Arte)
Se fosse para encontrar um chavão conhecido do futebol e designar o papel de Lucas Romero no Cruzeiro, o melhor adjetivo seria: cão de guarda. Seja no meio-campo, sua posição de origem, ou na lateral direita, onde tem atuado de forma improvisada, o argentino se mostra uma peça de grande importância para o esquema tático do técnico Mano Menezes.
Mas a história nem sempre foi essa e “El Perro” – o cachorro em tradução literal do espanhol para o português – precisou de muita paciência para retomar a condição de protagonista no elenco estrelado.
Para entrar em campo e mostrar o seu valor, Lucas Romero, que chegou a ser a quinta opção no grupo levando-se e conta sua posição original – atrás de Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Hudson e até Lucas Silva –, precisou de uma chance fora de sua posição para recuperar prestígio com o treinador e se firmar como titular da equipe azul.
Na estreia cruzeirense no Campeonato Brasileiro, contra o São Paulo, Romero substituiu Mayke, que vinha sendo o lateral-direito titular, mas pela atuação desastrosa contra o Nacional, do Paraguai, na Copa Sul-Americana, perdeu vaga no time. E de lá para cá sempre que acionado rendeu bem.
O volante, ao que tudo indica, seguirá improvisado na lateral direita. Ezequiel, então titular, sofre de dor crônica no púbis e não tem previsão de retorno. E Lennon, que também atua na posição, não agradou e é carta fora do baralho no Cruzeiro.
Com apenas 1,66m, Romero se agiganta nos números. É o líder de desarmes do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro e um dos jogadores que mais desarma jogadas na competição.
Se hoje o jogador tem todo esse cartaz, por pouco o Cruzeiro não o negociava, justamente por deixar o jogador no ostracismo.
Vendo seu atleta ficar no banco e sequer ser aproveitado, o empresário de Lucas Romero veio ao Brasil e reclamou com a diretoria cruzeirense.
Romero chegou a ficar mais de um mês sem atuar, e pela falta de oportunidades, o agente Alberto Stagliano tentou galgar uma transferência do jogador para o mercado europeu. O Vélez Sarsfield, da Argentina, ex-clube de “El Perro”, também tentou repatriar o jogador.
O Palmeiras quase levou o meio-campista. Lucas Romero por pouco não foi envolvido na troca que trouxe o atacante Rafael Marques para a Toca. No entanto, em vez do volante, Mayke seguiu ao Verdão.