Entre as equipes que somaram pontos nas primeiras provas da temporada 2012 da Fórmula 1, a Toro Rosso é a que tem o pior desempenho. Em nove etapas, o australiano Daniel Ricciardo e o francês Jean-Éric Vergne fizeram, juntos, apenas seis. Porém, apesar dos resultados apagados dos dois pilotos estreantes, Franz Tost, chefe da equipe, garante estar satisfeito com o desempenho de ambos.

"Até agora, devo dizer que ambos são altamente qualificados e os dois, até agora, têm mostrado bom desempenho. Daniel marcou pontos em sua primeira corrida conosco, em Melbourne, quando terminou na nona posição e Jean-Eric terminou em Sepang em oitavo lugar, o que mostrou que há um grande potencial. O progresso que ambos estão fazendo é bastante promissor, por isso tenho de dizer que até agora estamos satisfeitos", disse.

Tost ressaltou que os dois pilotos adquiriram experiência nas nove primeiras corridas da temporada 2012 da Fórmula 1 e agora podem ter desempenho melhor nas próximas provas. Porém, o dirigente reconheceu que a Toro Rosso precisa melhorar a competitividade do seu carro para ter desempenho melhor.

"Ambos têm agora um pouco mais de experiência, eles conhecem a equipe melhor, o carro e os procedimentos de fim de semana, então agora eu acho que cabe a nós, a equipe, fornecer-lhes um bom carro e dar um passo à frente com novas atualizações. Então eu estou convencido de que, espero, teremos uma segunda metade de temporada bem sucedida", afirmou.

Apontado por alguns especialistas como um chefe linha-dura, Tost reformulou a dupla de pilotos da Toro Rosso para a temporada 2012, com as saídas do suíço Sébastien Buemi e do espanhol Jaime Alguersuari. Sem citar nomes, o dirigente explicou que alguns pilotos podem ter dificuldade com ele por se acharem em nível mais alto do que a realidade.

"Um piloto terá dificuldades comigo se não se concentrar e se ele não encontrar o acelerador. É fácil assim. Nós trabalhamos duro e fazemos o nosso melhor, mas você sabe que às vezes os jovens pilotos entram na Fórmula 1 pensando que já tem sucesso. E isso é besteira", comentou.

O dirigente também ressaltou que alguns pilotos supervalorizam seus feitos antes da Fórmula 1 e se esquecem que ainda estão distantes do sucesso no automobilismo. "Entrar na Formula 1 significa que você está disposto a começar a trabalhar muito duro. Tudo o que você fez antes é jardim de infância. Para estar na Fórmula 1 tem de viver 365 dias por ano e 24 horas por dia a Fórmula 1. E se eu sentir que um dos nossos pilotos não faz isso, então ele se verá em apuros. Então eu lhe darei problemas porque ou você é um profissional ou você está fora. É simples assim", finalizou.
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