Clássico Atlético x Cruzeiro: um estádio, dois significados

Alberto Ribeiro - Do Hoje em Dia
01/12/2012 às 10:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:58
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

A saída da torcida do Cruzeiro do Independência, após a vitória sobre o Coritiba, por 2 a 1, no último domingo, xingando a administradora do estádio, reflete bem a curta história do novo Gigante do Horto.

Depois de dois anos perambulando pelo interior do Estado, a expectativa era a de que os dois clubes fizessem do local sua nova “casa”. Mas isso não aconteceu.

Enquanto o Atlético transformou a remodelada arena em verdadeiro caldeirão, alcançando o melhor aproveitamento como mandante no Campeonato Brasileiro, ao lado do São Paulo (81,5%), e lucrando alto, o Cruzeiro conviveu com momentos de altos e baixos, apresentando rendimento de apenas 51,2% e arrecadação inferior à do rival.

Invencibilidade em casa e sintonia com a massa

Vencer o maior rival e coroar a campanha praticamente perfeita no Independência, nesta temporada, é tudo que os atleticanos esperam no clássico de domingo.

Afinal, o estádio do Horto trouxe bons frutos à equipe alvinegra no Campeonato Brasileiro. Em 18 jogos, o Galo obteve 14 vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. E nada melhor do que terminar o ano vencendo o maior rival.
A forte sintonia do time com a torcida serviu também para engordar os cofres atleticanos.

Na arrecadação do Brasileirão, o clube só não faturou mais do que o Corinthians. Nas 18 partidas como mandante até aqui, o Galo teve uma renda bruta de pouco mais de R$ 11 milhões. A média atleticana foi de quase R$ 637 mil por jogo.

Desses R$ 11 milhões, foram para os cofres alvinegros um valor de R$ 8,5 milhões, com média de R$ 476 mil por confronto.

Identidade

A nova realidade é sempre comemorada pela diretoria atleticana, que adotou o Independência como sua “casa” no Brasileirão.

De fato, a massa alvinegra criou uma grande identidade com a nova arena. O time teve uma média de 18.276 pagantes por partida. Os sócios-torcedores também marcaram presença. O Galo teve uma média de 3.886 por duelo.

Sonho é acabar com invencibilidade do rival

Os cruzeirenses nunca esconderam a insatisfação com o Independência. Fato comprovado após a vitória sobre o Coritiba, na 37ª rodada, quando torcedores fizeram questão de reclamar da administradora do estádio.
Amanhã, no clássico contra o Atlético, tudo que a China Azul espera é que o time estrelado acabe com a invencibilidade do rival como mandante, na despedida do Gigante do Horto.

A campanha cruzeirense no Independência é bastante modesta. Em 13 jogos, foram seis vitórias, dois empates e cinco derrotas.

Apesar da instabilidade e de ter disputado várias partidas no interior do Estado, o time estrelado obteve desempenho razoável em termos de faturamento.
A renda bruta da Raposa, no estádio do Horto, foi de pouco mais R$ 5 milhões, com média de R$ 394 mil por confronto. Ao todo, foram para os cofres do clube R$ 2,7 milhões (renda líquida), média de R$ 213 mil por partida. No entanto, a arrecadação é bastante inferior à do rival Atlético.

TORCIDA

A China Azul marcou presença nos duelos da equipe estrelada no Gigante do Horto, mas perdeu para o rival nesse quesito. A média foi de 14.335 torcedores por partida. Ao todo, 186.626 cruzeirenses acompanharam os 13 jogos do time no Independência.

O número de sócios-torcedores também foi satisfatório. Em média, 3.864 associados acompanharam os confrontos do Cruzeiro pelo Brasileiro no estádio.

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