Clássico no Mineirão, Estadual no Horto: mesclar as arenas é o mais racional para Galo e Cruzeiro

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
13/12/2017 às 21:12.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:14
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

Clássico é para o Mineirão. Os outros jogos do Campeonato Mineiro para o Independência. A análise dos públicos e das rendas de Atlético e Cruzeiro nas últimas cinco temporadas, quando eles passaram a usar cada um uma das arenas de Belo Horizonte, evidenciam isso.

No Estadual, tirando os confrontos contra o maior rival, o Cruzeiro levou, em média, ao Gigante da Pampulha, nas últimas cinco temporadas, 12.233 pagantes por jogo. Isso é menos que 20% da capacidade do estádio, que tem 62 mil lugares.

O Atlético, que mandou praticamente todas as suas partidas no Independência, tem média geral superior (15.356), mas se forem descontados os quatro jogos disputadas no Gigante da Pampulha, que tiveram 169.909 pagantes (42.477 por jogo), eles sofrem uma mudança significativa.

Mesmo assim, nas 27 partidas pelo Estadual no Horto, o Galo teve média de 11.338 pagantes, o que significa uma taxa de ocupação de quase 50%, bem superior à cruzeirense no Gigante da Pampulha, que é inferior a 20%.

Nos últimos cinco anos, sem se considerar os clássicos entre eles, o Atlético teve média de público superior à do Cruzeiro em quatro edições do Estadual (2013, 2015, 2016 e 2017).

Mas apesar da diferença de 3.123 pagantes a mais, por partida, na arrecadação os números dos dois rivais são praticamente idênticos, com a Raposa inclusive obtendo maior renda líquida que o Galo.

Em média, o Atlético lucrou, em cada uma das 31 partidas de Estadual sem contar os jogos contra o Cruzeiro, R$ 172.139,44. A Raposa viu entrar em seus cofres, nos seus 27 confrontos como mandante, em média, R$ 240.321,25.

Isso acontece porque o cruzeirense paga mais para ver seu time em campo no Estadual. O preço médio da Raposa nas 27 partidas que não foram clássicos contra o Atlético é de R$ 31,26, contra R$ 25,45 do atleticano.

CLÁSSICO
Se os números do Campeonato Mineiro mostram um certo equilíbrio, com o Atlético levando vantagem no que mais interessa, que é a presença do público, quando se trata dos clássicos entre eles, aparece a maior desproporção na comparação entre os dois rivais em suas respectivas casas.

A vantagem cruzeirense é esmagadora e evidencia que o rival perde muito dinheiro ao disputar no Independência os clássicos em que é mandante. Nos 14 jogos no Mineirão, a partir de 2013, o Cruzeiro arrecadou líquido R$ 20,5 milhões. O Atlético, em 11 partidas no Independência, lucrou R$ 6,6 milhões.

Essa diferença de cerca de 300% é registrada também na renda bruta (R$ 31,6 milhões contra R$ 12,2 milhões) e no público pagante (582.287 a 189.370). 

Toda essa desproporção faz com que os clássicos com mando do Cruzeiro tenham 25.029 pagantes a mais, R$ 1.234.934,78 a mais de renda bruta e R$ 863.355,66 a mais de renda líquida, em média.

Além disso, há outros dados que impressionam nessa comparação. Nos seus 14 clássicos como mandante, o Cruzeiro teve oito rendas líquidas acima de R$ 1 milhão. O Atlético, apenas uma.

A menor arrecadação líquida do Cruzeiro nos clássicos (R$ 643.418,20) é maior que nove das 11 rendas líquidas do Atlético nos confrontos em que ele recebeu o rival no Horto.

Nesta sexta-feira: Os números totais de público e renda de Atlético e Cruzeiro de 2013 a 2017.

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