Clayton e Rafinha aproveitam chances e surgem como boas opções na reta final da temporada

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
26/09/2016 às 21:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:59
 (Bruno Cantini/Washington Alves/Divulgação)

(Bruno Cantini/Washington Alves/Divulgação)

Eles conviveram com a desconfiança, mas, a cada jogo, têm caído nas graças das torcidas de Atlético e Cruzeiro nesta reta final de temporada. E, devido ao bom rendimento nas últimas participações, devem ser novamente acionados nos confrontos de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira (28), contra Juventude e Corinthians.

Poucos torcedores apontariam os meias-atacantes Clayton e Rafinha como esperanças ofensivas dos dois times há algumas semanas. Os nomes deles, porém, voltaram às pranchetas dos técnicos Marcelo Oliveira e Mano Menezes em um momento crucial, no qual os clubes disputam ainda o título e a permanência na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, respectivamente.

Volta por cima

Contratado em fevereiro como potencial titular na Libertadores, por cerca de R$ 13 milhões, após longa negociação e concorrência acirrada com outros grandes clubes, Clayton deixou a Massa decepcionada.

Com atuações irregulares e apenas três gols marcados no primeiro semestre – todos no Campeonato Mineiro –, o camisa 23 foi perdendo espaço em meio ao numeroso e qualificado elenco alvinegro.

Fazer gol dá moral para qualquer atacante. Eu já vinha há um bom tempo sem marcar. Esse tempo fora do time foi até bom, para treinar um pouco mais e ganhar confiança"

Até que novas oportunidades começaram a surgir no returno do Brasileirão e, desta vez, ele não as deixou escapar. Primeiro, vieram as lesões em sequência de Luan, Carlos, Cazares, Dátolo e Maicosuel. E, logo depois, a decisão do treinador de não utilizar Fred e Lucas Pratto simultaneamente.

Assim, o jogador de 20 anos voltou a ser titular na vitória por 1 a 0 diante do Sport. Desde então, iniciou todas as quatro partidas seguintes na equipe principal e marcou dois gols: no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, e na vitória por 3 a 1 sobre o Internacional (assista abaixo).

“Fazer gol dá moral para qualquer atacante. Eu já vinha há um bom tempo sem marcar (24 partidas disputadas antes do clássico), então isso ajuda a ganhar espaço. Esse tempo fora do time foi até bom, para treinar um pouco mais e ganhar confiança”, avaliou.

Pelas beiradas

Rafinha, por sua vez, chegou à Raposa aos 32 anos, “na sombra” dos badalados atacantes Rafael Sóbis e Ramón Ábila, como uma aposta para compor o grupo azul. O meia foi contratado em julho, pouco mais de um mês após ter encerrado o vínculo com o Al Shabab (Arábia Saudita).

As melhores chances no time começaram a aparecer na esteira das contusões de Alisson, Élber e Robinho, bem como de algumas atuações contestadas de Arrascaeta e Sóbis.

Tivemos chances de ampliar e vencer depois do gol, mas falhamos. Agora é trabalhar e pensar também na Copa do Brasil. Todo mundo está aqui para tentar fazer o melhor"

O experiente armador só ganhou a primeira sequência como titular após dez partidas, tendo iniciado três dos últimos seis jogos do clube (contra América, São Paulo e Botafogo). Com 14 participações em 16 possíveis desde a estreia, o meia se tornou um "12º jogador" com Mano Menezes.

Na derrota de virada para o Flamengo por 2 a 1, no último domingo (25), Rafinha saiu do banco para substituir Arrascaeta e esteve bem perto de deixar o gramado como herói, ao abrir o placar com um golaço, aos 29 minutos da etapa complementar (assista abaixo).

Neste momento delicado do clube, o meia promete dedicação. “Tivemos chances de ampliar e vencer depois do gol, mas falhamos. Agora é trabalhar e pensar também na Copa do Brasil. Acho que todo mundo está aqui para tentar fazer o melhor”, comentou.

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