Coelhinhas estabelecem novo recorde e destacam fair play em goleada por 34 a 0

Henrique André*
hcarmo@hojeemdia.com.br
27/04/2016 às 20:06.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:09
 (América/ Divulgação)

(América/ Divulgação)

“Não existe gol feio. Feio é não fazer gol”. Levando ao pé da letra a frase do folclórico Dadá Maravilha, as jogadoras da equipe feminina do América fizeram história no último domingo.

 Em jogo pela Copa BH, o alviverde goleou o Santa Maria por 34 a 0 (assista aos gols abaixo), superando o recorde da categoria que pertencia ao extinto time feminino do Atlético: 32 a 0 sobre o Real Pompeia.

 Seguindo os passos do “Rei Dadá”, que em 1976 marcou dez gols em um jogo do Campeonato Pernambucano, a atacante Kamila Souza ainda vibra com os sete anotados no duelo do fim de semana.

 “Eu nunca havia marcado sete gols em uma partida. Espero continuar fazendo nos próximos jogos”, afirma a artilheira, que diz nunca ter ouvido falar de outra jogadora com tantos gols numa só partida.

Em nenhum momento, mesmo com um placar tão elástico, elas desistiram do jogo”

 Sobre a fragilidade das rivais, a zagueira Fernanda Brito destaca que, na grande maioria, são donas de casa sem condições de se dedicar só ao futebol. “São mães de família, meninas que trabalham, sem estrutura nenhuma para jogar”, observa a zagueira.

 A defensora ainda parabeniza as atletas do Santa Maria, às quais chamou de “guerreiras”, pelo fair play demonstrado mesmo com tantos gols sofridos.

 “Depois do jogo, cumprimentamos elas, e algumas nos contaram suas histórias. Em nenhum momento, mesmo com o placar tão elástico, elas desistiram do jogo”, relata Fernanda.Divulgação/América

 Contrastes

 Como apontaram as próprias jogadoras do América, a melhor explicação para a goleada talvez esteja nas condições oferecidas pelos clube às atletas.

 Enquanto o Coelho disponibiliza uniformes novos, salários, estrutura para treinamentos e outros benefícios, o Santa Maria passa muito longe de poder oferecer o mesmo.

 “Graças a Deus, atualmente, no América, somos profissionais e temos um salário que dá para nos manter bem. Essa ajuda é muito importante para continuar o crescimento do futebol feminino”, avalia a goleadora Kamila.

 Na equipe alviverde, só quatro atletas não se profissionalizaram. Por ainda serem menores de idade, as goleiras Tainara e Fabíola, a meia Daniela e a atacante Isabela não constam na folha salarial do clube.

 O América é o líder do Grupo 2 da Copa BH, com 100% de aproveitamento. Nas quatro partidas realizadas, o ataque balançou as redes 54 vezes – uma média de 13,5 gols por jogo.

 *Colaborou Felipe Repolês

 Veja os gols:

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