Coisa de irmãos: Em quatro seleções, Copa da Rússia é disputada em família

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
18/06/2018 às 20:11.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:48
 (Montagem sobre foto AFP )

(Montagem sobre foto AFP )

Disputar uma Copa do Mundo já é um feito para qualquer jogador. Imagine então a emoção de jogá-la ao lado de um irmão. Pois o Mundial da Rússia marca um recorde nesse aspecto. Em quatro das 32 seleções a torcida familiar é em dose dupla, assim como a chance de marcar o sobrenome na história da competição.

Ao menos na teoria, todos com a chance de repetir façanha alcançada apenas pelos irmãos alemães Walter (Fritz e Ottmar), que levantaram a taça em 1954, e Charlton –  Bobby e Jack, campeões em casa, na Inglaterra'1966.

Não há dúvida de que as maiores chances estão com Eden e Thorgan Hazard, que ontem atuaram juntos por parte do segundo tempo na goleada da Bélgica sobre o Panamá. O camisa 10, que atua no Chelsea, é o mais badalado, mas o mais novo, que atua igualmente como meia, vem fazendo uma carreira própria no Borussia Moechengladbach, da Alemanha. E ainda é possível pensar em três representantes da família numa Copa, já que Kylian atua no sub-23 do Chelsea ­– ainda há o pequeno Ethan, de 14 anos, que começa nas categorias de base. Na Copa de 2010, a família hondurenha Palacios fez história ao emplacar três irmãos na seleção: Wilson, Johnny e Jerry.

Filhos do ex-jogador brasileiro Geraldo dos Santos, o Zizinho, que se estabeleceu no México, Giovanni e Jonathan dos Santos finalmente conseguiram integrar juntos a lista de convocados de "La Tri". O mais velho esteve em campo na África do Sul'2010, mas o mais novo apenas agora foi chamado. Os dois ainda aguardam a chance de atuar juntos no Mundial, já que ficaram no banco na surpreendente vitória sobre a Alemanha.

Um sai, outro entra

Mesma situação dos russos Alexei e Anton Miranchuk, ainda por cima gêmeos e jogadores de mesmas características: meias com bom passe e chute de média distância. Curiosamente eles ocupam o posto deixado livre pelos também gêmeos Alexei e Vasili Berezutskiy que, no entanto, não chegaram a jogar um Mundial juntos. Na partida entre Marrocos e Irã, a situação acabou sendo curiosa: ao sair, na segunda etapa, o meia Noureddine Amrabat foi substituído justamente pelo irmão, Sofyan.

Irmãos em campo nas copas são algo recorrente desde a primeira edição (Uruguai'1930), mas algumas duplas chegaram mais longe e ganharam maior destaque: caso de Willy e René van der Kerkhof, vice-campeões em 1978. Ausente na Rússia, aliás, a Holanda se especializou em irmãos bons de bola: casos dos Koeman (Erwin e Ronald) e De Boer (Frank e Ronald). Os dinamarqueses Michael e Brian Laudrup (França'1998) também tiveram brilho semelhante, assim como os marfinenses Yayá e Kolo Touré (2010).

Mas o caso mais emblemático foi o dos Boateng, que, com dupla nacionalidade, optaram por caminhos diferentes, e acabaram se enfrentando no Brasil'2014. Jerome, o mais novo, é lateral da Alemanha, que empatou com Gana, do meia Kevin-Prince. Desta vez, o primeiro está em ação, enquanto o segundo não se classificou.

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