(Bruno Cantini/Atlético)
Assumir interinamente o comando de um dos gigantes da Série A , ficar por quatro meses na função e, pelo bom trabalho apresentado, ser efetivado no cargo até o fim da temporada. Este foi o desfecho da situação de Thiago Larghi no Atlético, oficializado após 136 dias como treinador do vice-líder do Brasileirão.
Apesar de ter perdido o Estadual para o Cruzeiro e das eliminações nas Copas Sul-Americana e do Brasil, Larghi ganhou moral com torcida e dirigentes por ter dado identidade a um time que causou desconfiança sob o comando de Oswaldo de Oliveira.
Da estreia contra a Caldense – derrota por 2 a 1 na sexta rodada do Mineiro – ao último duelo antes da pausa para a Copa da Rússia – vitória pelo mesmo placar sobre o Ceará, na 12ª rodada do Brasileiro –, Thiago somou 32 partidas como interino. O aproveitamento do “formando” foi de 60,4%.
Aos 37 anos, o “novo” técnico efetivo do Atlético tem a missão de tirar o clube de uma fila que já dura 47 anos. A última vez que o o alvinegro levantou o caneco nacional foi em 1971. Indicado por Carlos Alberto Parreira para ser o analista de desempenho da Seleção Brasileira na Copa de 2014, Thiago Larghi tem o aval do “padrinho”, tetracampeão mundial, também neste novo rumo dado à carreira.
“Eu sabia que ele (Thiago) chegaria no lugar em que está. Espero que coloque em prática tudo aquilo que estudou e aprendeu. Ele é um rapaz educado, de boa convivência. A vida vai o ensinar a se relacionar e a lidar da maneira ideal com a imprensa, com os jogadores, com os torcedores e com todos que fazem parte do mundo do futebol”, disse Parreira ao Hoje em Dia, em entrevista concedida em abril.