(Bruno Cantini/Atlético)
Sequência. Acabar com a negativa de um pode ajudar a continuar com a positiva do outro. Atlético e o atacante Fred entram em campo neste sábado para, juntos, encararem o Palmeiras em busca da quarta vitória seguida do Galo.
E poucos jogadores alvinegros terão mais fome de bola no Independência, às 16h. O camisa 9 do Atlético está mordido pela seca de gols que vive. Já são seis partidas consecutivas sem Fred “correr para o abraço”. O artilheiro não havia experimentado período tão longo longe dos gols.
Já o Galo vem de três triunfos (Ponte Preta, Internacional e Paraná) e pode chegar à quarta vitória contra o Verdão, repetindo uma sequência positiva que aconteceu apenas uma vez na temporada, e logo no começo dela. Na arrancada do Campeonato Mineiro, após perder para o Cruzeiro na Primeira Liga, o time então comandado por Roger Machado venceu cinco partidas (Tombense, Joinville, Uberlândia, Democrata e América).
“Jogo grande, para engrenarmos de vez no Campeonato Brasileiro e dar um passo de vez na zona da Libertadores, que tanto almejamos. Reconquistar o torcedor, trazê-los definitivamente para o nosso lado. Jogos grandes servem para isso também”, disse Fred.
TRANQUILIDADE
“Eles (jornalistas) passaram anos me chamando de gênio e eu tive a genialidade de não levar isso a sério. Não é agora que me chamam de idiota eu vou ter a idiotice de acreditar”.
A frase dita pelo falecido humorista Chico Anysio em 1993 serve para entender o que se passa na cabeça de Fred. O atacante encara o jejum com brandura. Sabe que, assim como aconteceu na Copa do Mundo de 2014, pode ser chamado de “cone” e terminar o ano como artilheiro do Brasileirão.
A pressão existe, mas nada que tire o espírito de paz de Fred, que soma 23 gols na temporada. Ele sabe que, uma hora, “a bola vai bater na canela e entrar”.
“O momento que vivo hoje não me sufoca, não me enlouquece. Apenas me deixa mais determinado para voltar a balançar as redes logo”, completou.