Com calouro do time em fase ascendente, Galo encara bolivianos na Libertadores

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
02/05/2017 às 19:44.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:22

No jogo de ida, em 13 de abril, no Independência, ele provocou arrepios nos torcedores ao perder a disputa de cabeça nos dois lances de gol do Sport Boys. Felizmente, o colega Fred ajudou a transformar a noite de preocupação em alegria. E, desde então, o calouro entre os titulares do time alvinegro vem mostrando segurança, a ponto de ter sido um dos destaques da primeira partida da decisão do Campeonato Mineiro, ajudando a evitar os gols celestes.

Hoje, no Estádio Tahuichi Aguilera, em Santa Cruz de La Sierra, às 19h30 (de Brasília) o zagueiro Gabriel volta a encarar o time que já teve o presidente boliviano Evo Morales como jogador registrado. Com uma ótima oportunidade de confirmar o bom momento e justificar a confiança dos companheiros – depois daquela atuação preocupante, o volante Rafael Carioca chegou a dizer que o jogador de 22 anos, natural de Pedro Leopoldo, tem potencial para chegar mais longe que o antecessor na posição, Jemerson, também cria da base, e que hoje estará em campo na semifinal da Liga dos Campeões, entre o seu Monaco e a Juventus.

E os números estão ao lado do camisa 30 e da zaga alvinegra – nas 18 partidas em que atuou, foram 12 gols sofridos, média de 0,66 gol por jogo. Com dois aspectos que jogam ainda mais a favor: o retorno do goleiro Victor, na partida contra o Libertad, quarta passada, depois da recuperação da lesão no ombro, e o maior entrosamento com Leonardo Silva, que tem seu quinto parceiro de zaga diferente em sete temporadas no clube (havia atuado ao lado de Réver, Otamendi, Jemerson e Erazo).

Fase ruim
Não só o momento de Gabriel, mas o das duas equipes, sugere que o Galo pode ter maior facilidade do que em casa para garantir três pontos que manteriam a liderança do Grupo 6 na mira. Depois do primeiro encontro, a equipe boliviana mudou o treinador – o basco Xavier Azkargorta deu lugar ao paraguaio Pablo Caballero – e vive momento bastante irregular no campeonato local, com o nono lugar entre as 12 equipes, a 14 pontos do líder, Bolívar.

Além disso, o Tahuichi Aguilera está longe de ser um caldeirão. Com 35 mil lugares, é o segundo maior estádio do país vizinho, tendo recebido partidas da Copa América de 1997. E mesmo que garanta barulho e incentivo à equipe (que, nas palavras do novo comandante busca, acima de tudo, encerrar a participação na Libertadores com uma campanha digna), a torcida dificilmente ocupará grande espaço – Warnes, que fica a 30 quilômetros de Santa Cruz, tem apenas 18 mil habitantes.

É mais provável que o alvinegro conte com uma numerosa torcida, considerando a grande quantidade de brasileiros (muitos deles mineiros) que vivem e estudam na região, e terão a chance de acompanhar de perto jogadores como Robinho e Fred.

 SPORT BOYS

Caballero; Rincón, Céspedes, Arias e Rivarola; Yañez, Hermoza, Capdevilla e Messidoro; Vogliotti e Tenorio
Técnico: Pablo Caballero

 ATLÉTICO

Victor; Marcos Rocha, Leo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias, Maicosuel e Otero; Robinho e Fred
Técnico: Roger Machado

 COPA LIBERTADORES (GRUPO 6). 19h30 (DE BRASÍLIA), ESTÁDIO RAMÓN TAHUICHI AGUILERA (SANTA CRUZ DE LA SIERRA). ARBITRAGEM: JESUS VALENZUELA, AUXILIADO POR CARLOS LÓPEZ E ELBIS GÓMEZ (TRIO DA VENEZUELA).
TV: SPORTV e FOX SPORTS

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