O Cruzeiro jogou com inteligência e contou com dois gols, um no início de cada tempo, para bater o Figueirense no Orlando Scarpelli na noite deste domingo (21). O resultado tira o time azul momentaneamente da zona do rebaixamento e dá tranquilidade para Mano, que terá uma semana cheia para trabalhar. Já do lado catarinense, desespero para Argel com o time cada vez mais afundado no Z-4. Ainda deu tempo para o Figueirense descontar aos 43 minutos com Ferrugem, dando números finais ao placar, 2 a 1.

A partida começou em altíssima velocidade com Henrique marcando logo aos 3 minutos, aproveitando boa falta cobrada por Robinho. O gol deu tranquilidade para o time, que deixou o Figueirense tocar a bola, sem levar perigo à meta de Lucas França que, quando foi exigido, trabalhou bem. Com a vantagem, o time mostrou sobriedade para aparecer com perigo e criar as melhores chances dos primeiros 45 minutos.

Na etapa complementar, novamente aos 3 minutos Ábila mostrou faro de artilheiro para marcar o segundo e dar ainda mais tranquilidade para a equipe. Com a expulsão de Carlos Alberto após falta besta em Robinho, o Cruzeiro colocou o resultado debaixo do braço e controlou o jogo até os 43 minutos, quando um vacilo na saída de bola acabou colocando o volante Ferrugem em condições de marcar e fazer o gol de honra dos donos da casa
 
Com a vitória, o time estrelado chegou aos 23 pontos deixando momentaneamente a zona do rebaixamento, empurrando o figueirense para baixo, juntamente com o Vitória. Na próxima rodada a Raposa encara o Santa Cruz, no domingo (28) às 11h. Já os catarinenses visitam o Santos no mesmo dia e horário na Vila Belmiro

O jogo

Mal deu tempo dos jogadores esquentarem em campo e o cruzeiro já fez logo 1 a 0 com o capitão Henrique, aproveitando cobrança de falta de Robinho, que alçou a bola na área. A defesa bateu cabeça e sobrou limpa para o camisa 8 deixar o primeiro.

Também buscando deixar a zona de rebaixamento, o Figueirense logo se recuperou do golpe e passou a dominar o jogo, propondo, partindo para o ataque e buscando o empate frente à pequena torcida que compareceu ao estádio. O jogo seguiu movimentado, com o Cruzeiro bem postado na defesa segurando o ímpeto dos donos da casa e buscando uma bola para ampliar o placar.

Argel armou o time para tentar explorar a velocidade de Dodô, caindo mais pela direita com Rafael Moura como referência, apostando na qualidade do experiente Carlos Alberto na armação. O camisa 9 levou perigo e incomodou bastante, obrigando a defesa celeste a ficar atenta e trabalhar. Com o resultado em mãos, o time celeste apostou, ao menos na primeira metade da etapa inicial, os chutes fora da área com Henrique, Sobis e Ábila.

Apesar de ter a maior posse de bola, as  melhores chances foram do Cruzeiro, que buscou eficiência para tentar ampliar o placar. Arrascaeta teve uma grande chance em jogada ensaiada.  Após cobrança de falta de Robinho o camisa 10 pegou de chapa e mandou no travessão de Thiago Rodrigues. Na tentativa de mudar o esquema e a história do jogo, Argel fez uma substituição ousada, colocando o veloz Lins na vaga do lateral Ayrton, mostrando que no segundo tempo tentaria de tudo para ao menos igualar o placar.

Segundo tempo

A segunda etapa começou mais franca e aberta, com o Figueira tentando surpreender o jovem Lucas França, substituto de Fábio.  Contudo, mais uma vez, foi o Cruzeiro quem marcou aos 2 minutos. Após boa trama pela esquerda a bola ficou pipocando pela área, bateu na trave até sobrar para o artilheiro Ramon Ábila guardar o dele, aumentando a vantagem da Raposa. Mais uma vez os catarinenses se recuperaram bem do gol sofrido e logo buscaram o empate, com Lins e Rafael Moura aparecendo bem. Contudo, até o primeiros 15 minutos as tentativas pararam no bom momento de Lucas França, que vai mostrando personalidade em mais uma oportunidade como titular na meta cinco estrelas.

Se a situação do time alvinegro não era boa com 11 em campo, aos 17 ficou pior com a expulsão de Carlos Alberto. Amarelado no primeiro tempo, o experiente meia fez falta boba ao matar um contra-ataque de Sobis e recebeu o segundo amarelo para o desespero de Argel. Ainda assim, os donos da casa ainda tentavam chegar ao ataque, mesmo com os gritos de "vergonha" vindos da arquibancada. Ainda assim, as tentativas paravam sempre nas mãos do jovem arqueiro azul.

Com um home  a mais, o Cruzeiro foi, aos poucos, diminuindo o ritmo do jogo, colocando a bola no chão e tentando ditar a velocidade da partida. Para tentar dar qualidade, Mano Menezes sacou Arrascaeta e colocou o descansado Rafinha.  Com 30 minutos, o time mineiro fio mostrando que estava satisfeito com o placar, deixando mais uma vez o Figueirense ficar mais tempo com a bola nos pés, esperando para sair apenas "na boa". Com a bola nos pés, a "ordem" era deixar o tempo passar, tocando mais a bola e aproveitando a vantagem numérica.

Os mineiros seguiram dominando o jogo com calma e inteligência, tocando a bola até os 43 minutos, quando um vacilo na saída deixou a bola para Rafael Moura que rolou para Ferrugem bater com estilo e descontar para os donos da casa. O time celeste então se segurou para manter o importante resultado que dá alívio para a equipe seguir buscando uma melhor colocação no Brasileirão.

FICHA TÉCNICA

 FIGUEIRENSE 1 X 2 CRUZEIRO

Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC)
Data: 21 de agosto de 2016, domingo
Horário: 18h00 (de Brasília)
Árbitro: João Batista de Arruda (RJ)
Assistentes: Michael Correia e João Luiz Coelho de Albuquerque (RJ)
Cartões amarelos: Marquinhos, Carlos Alberto e Ferrugem (Figueirense); Lucas, Edimar, Henrique, Robinho e De Arrascaeta (Cruzeiro)
Cartões vermelhos: Carlos Alberto (Figueirense)
Gols:
CRUZEIRO: Henrique, aos 3 minutos do 1º Tempo; Ramón Ábila, aos 3 minutos do 2º Tempo
FIGUEIRENSE: Ferrugem, aos 43 minutos do 2º Tempo

FIGUEIRENSE
Thiago Rodrigues; Ayrton (Lins), Marquinhos, Bruno Alves e Pará; Jackson Caucaia, Ferrugem, Dodô (Elvis), Carlos Alberto e Yago (Jefferson); Rafael Moura
Técnico: Argel Fucks

CRUZEIRO
Lucas França; Lucas, Bruno Rodrigo, Manoel e Edimar; Henrique, Lucas Romero e Robinho (Marcos Vinícius); De Arrascaeta (Rafinha), Rafael Sóbis e Ramón Ábila (Willian)
Técnico: Mano Menezes

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