(Vinnicius Silva/Cruzeiro; Bruno Canitni/Atlético; Mourão Panda/Cruzeiro)
A trajetória dos favoritos ao título brasileiro na Libertadores e na Copa do Brasil vai ditar o nível técnico da Série A de 2018. Quem garante é Gilcione Nonato da Costa, professor do Departamento de Matemática da UFMG e responsável pelo site Probabilidades no Futebol (www.mat.ufmg.br/futebol).
“A lista de principais favoritos ao título envolve equipes fortes, como Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, Corinthians, mas eles ainda não estão completamente focados no Campeonato Brasileiro. A obsessão pela Libertadores, que garante vaga no Mundial de Clubes, e a grande premiação da Copa do Brasil fazem com que essas duas competições tenham mais atenção neste momento. E isso, sem dúvida, provoca o equilíbrio na Série A”, analisa Gilcione.
Os quatro diferentes líderes (Atlético-PR, Corinthians, Atlético e Flamengo) em sete rodadas do Brasileirão 2018 não é uma novidade, mas a pequena diferença de pontos entre os clubes na primeira metade da classificação aparece como um indício de que a Série A de 2018 pode ter uma história bem diferente em comparação com a edição do ano passado.
Em 2017, após sete rodadas, o Corinthians liderava o principal torneio nacional de clubes com 19 pontos, fruto de seis vitórias e um empate.
O time de Fábio Carille já tinha somado cinco pontos a mais que o primeiro colocado de 2018, que é o Flamengo, com 14.
O clube rubro-negro vive neste momento o limite da conta básica para o título brasileiro por pontos corridos, que é a conquista de dois pontos por rodada com um aproveitamento de 66,7%.
MARCAS
Desde 2003, os melhores vice-campeões, que foram o Grêmio de 2008 e o Atlético de 2012, alcançaram 63,15% de aproveitamento, que numa competição com 20 clubes, como a atual, equivalem a 72 pontos.
“Os times mais fortes viverão Libertadores e Copa do Brasil depois do Mundial da Rússia. E se forem longe nessas competições, isso pode decretar sim um Brasileirão bem equilibrado, com o fenômeno que vemos nessas primeiras sete rodadas se mantendo”, afirma Gilcione.