Com lateral Danilo, América mantém tradição de 'figurar' em todas as Copas desde o penta

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
15/05/2018 às 17:05.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:50
 (Reprodução/Instagram)

(Reprodução/Instagram)

Há cinco Copas consecutivas o torcedor do América sente o gosto de ver um jogador revelado pelo clube sendo convocado para disputar a maior competição futebolística do planeta.

Desde 2002, quando o torneio teve Japão e Coreia como sedes, o clube mineiro vê nas listas de convocações, pelo menos, um atleta com passagem pelas categorias de base entre os convocados.

Nesta edição, marcada pelo pentacampeonato, o volante Gilberto Silva, que na época defendia o rival Atlético, foi um dos chamados pelo técnico Luiz Felipe Scolari para integrar o elenco canarinho.

Felipão, que vinha de uma temporada em Minas, quando treinou o Cruzeiro, conhecia bem o meio-campista que despontava com a camisa alvinegra no time comandado por Levir Culpi. 

Naquela época, poucos mineiros eram lembrados na Seleção, devido aos fracassos nas Copas de 1982, 86 e 90, quando a equipe era repleta de atletas que atuavam na "Terra do Uai". Para se ter idéia, em 94, ano do tetracampeonato, nenhum mineiro estava em campo.Reprodução/Internet 

Dois brasileiros e um japonês

Em 2006, no Mundial da Alemanha, Gilberto novamente esteve entre os convocados. Assim como ele, o atacante Fred, que defendia o Lyon, da França, também representou a base do Coelho na competição.

Foi nessa edição da Copa que o América viveu seu auge no aspecto citado. Inclusive, foi o primeiro clube a ter jogadores formados na base convocados por duas seleções diferentes. Curiosamente, o alviverde foi representado também pela seleção japonesa, que teve o zagueiro Yiju Nakazawa entre os selecionados. 

Determinado a aprimorar a parte técnica, o japonês veio ao Brasil em 1997 e defendeu a camisa verde e branca. Campeão mineiro na categoria de juniores, ele foi comandado por Ricardo Drubscky, atualmente diretor de futebol no clube.

Nakazawa, de 40 anos, figurou também na Copa do Mundo seguinte. Em 2010, ele realizou a centésima partida pelo selecionado nipônico, durante a competição disputada na África do Sul. Neste ano, Gilberto Silva também esteve na lista montada pelo técnico Dunga.Reprodução/Blog Chico Maia 

Presença na Copa do "7 a 1"

Na Copa passada, disputada no Brasil, e que ficou marcada pela tragédia do 7 a 1 da Alemanha sobre a seleção anfitriã, no Mineirão, quem representou o América foi novamente o atacante Fred. Na ocasião, ele foi convocado defendendo o Fluminense.

Fred, inclusive, marcou história no Coelho ao marcar o que na época foi o gol mais rápido do mundo. Nos juniores do time mineiro, em duelo contra o Villa Nova, ele balançou as redes aos três segundos, com um chutaço do meio de campo.

Tradição mantida na Rússia

Nesta segunda-feira (14), novamente um jogador formado no CT de Santa Luzia foi confirmado no Mundial. Na lista de Tite, o lateral-direito Danilo, do Manchester City, é a bola da vez. Danilo, inclusive, deve ser o titular na competição, devido a contusão do camisa 2 Daniel Alves, cortado da lista.

Éder e Tostão

Craques do futebol brasileiro, Éder Aleixo e Tostão também representaram o Coelho em Mundiais. Formados no clube, eles figuraram em três mundiais: Tostão, que já defendia o Cruzeiro, foi o primeiro mineiro a ser convocado para o torneio. Ele disputou as edições de 1966 e 70; Aleixo, por sua vez, esteve em 1982, na famosa decepção tupiniquim na Espanha. Na época, ele defendia o Atlético.Reprodução/Placar 

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