Com problemas ofensivos, Cruzeiro decide vaga na Sul-Americana contra o Nacional do Paraguai

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
09/05/2017 às 20:28.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:29

Se não sofrer gol na partida desta quarta-feira (10), contra o Nacional-PAR, às 19h15 (de Brasília), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, o Cruzeiro já se garante na segunda fase da Copa Sul-Americana. No confronto de ida, em 4 de abril, no Mineirão, o time mineiro venceu por 2 a 1.

Mas, se a Raposa não balançar a rede mesta noite, aumentará ainda mais a cobrança sobre o treinador Mano Menezes, pois seu time titular tem se caracterizado pela inoperância ofensiva.

Justamente num momento em que entra no período mais difícil da temporada, com fases eliminatórias nas grandes competições e o início do Campeonato Brasileiro, neste fim de semana.

O personagem principal dessa história é o atacante Rafael Sóbis, que é muito mais vítima do esquema tático de Mano Menezes que culpado pelo jejum de gols.

Sem balançar a rede adversária com bola rolando desde 22 de fevereiro, quando o Cruzeiro fez 6 a 0 no São Francisco-PA, pela segunda fase da Copa do Brasil (ele marcou quatro vezes), o camisa 7 deveria ser o homem de área no time de Mano.

A partir do momento que Thiago Neves, maior reforço da temporada, entrou na equipe, Sóbis virou tudo, menos o homem de área do time. Assim como Arrascaeta, Thiago Neves tem dificuldade na recomposição ofensiva.

Diante da característica dos dois meias, sobrou para Rafael Sóbis a função de ajudar na marcação. Entrega não falta ao camisa 7 do Cruzeiro.

Seu esforço em campo é tamanho que, pela segunda vez na temporada, ele sofre com dores musculares. Ontem, por exemplo, não treinou em Assunção e pode até ficar no banco de reservas hoje por causa do incômodo na coxa esquerda.

Nos últimos jogos, Sóbis é visto em quase todas as partes do campo. Menos dentro da grande área, onde teria maiores chances de marcar gols.

Ajustes

Após a perda do título mineiro no último domingo, para o Atlético, Mano Menezes evitou apontar algum erro de rota na armação cruzeirense. 

“No fim de junho fecha o primeiro semestre. Não vamos querer apressar só porque perdemos um título para o Atlético. Estamos definindo uma filosofia e um jeito de jogar. Vamos avançar, fazer ajustes. Isso é o que se faz no futebol. Definir mudanças para o time melhorar”, analisou o treinador.

Problema

De toda forma, os números já mostram que há algo de errado com o time. Nos dois confrontos de mata-mata contra equipes qualificadas, o Cruzeiro foi inferior.

Menos mal que ficou com a vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil contra o São Paulo, que tirou a invencibilidade cruzeirense na temporada vencendo a volta por 2 a 1, no Mineirão, depois de ter perdido a ida, no Morumbi, por 2 a 0.

Na disputa do título mineiro, a falta de capacidade para concluir do time de Mano Menezes ficou escancarada, com o time criando poucas chances de gol nos 180 minutos da final perdida para o Atlético.

Além disso, a média de gols marcados vem sofrendo uma queda e aquele que seria seu homem de referência na área não consegue balançar a rede.
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