Com recorde de público, emoção e muita festa, Cruzeiro vai à final e busca penta contra o Fla

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
24/08/2017 às 00:02.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:14
 (Washington Alves/Lightpress)

(Washington Alves/Lightpress)

Uma partidaça no Mineirão. Assim foi o jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil entre Cruzeiro x Grêmio. Decidida nos pênaltis, já que a Raposa derrotou o Tricolor por 1 a 0 no tempo normal - placar feito pelo time gaúcho no Sul do país - a partida levou à loucura a torcida celeste no Gigante da Pampulha.

Com pouco mais de 55 mil presentes no principal palco do futebol mineiro, recorde do ano, o time comandado por Mano Menezes foi guerreiro, e saiu nos braços da China Azul. Uma festa bonita de se ver. Se Menezes havia sonhado com 3 a 1 no tempo normal, nas cobranças por pênaltis o placar terminou 3 a 2 para sua equipe.

Agora, na final, o time terá pela frente o Flamengo, que derrotou o Botafogo por 1 a 0 e se garantiu na grande decisão. Certeza de casa cheia nos duelas de ida e de volta, ainda sem data e mandos definidos.

O jogo

A decisão começou antes mesmo de a bola rolar. No caminho para o Mineirão, a torcida cruzeirense, pra lá de confiante, fez festa nos carros, ônibus e nas ruas da capital mineira. A cidade, inclusive, viu o azul e branco predominar durante toda quarta-feira.

Quando foi dado o ponta-pé inicial, não faltou emoção. Apesar do placar em branco até o intervalo, boas chances foram criadas. Enquanto a Raposa tentava achar espaços na defesa gremista, o tive visitante explorava os contra-ataques e os bons passes curtos.

A primeira investida de perigo aconteceu aos cinco minutos, com o argentino Lucas Barrios. O goleiro Fábio, porém, em grande defesa, evitou que a rede balançasse no Gigante da Pampulha.

Dois minutos depois, a Raposa deu a resposta, com Alisson. De cabeça, o meia-atacante fez o camisa 1 do time gaúcho trabalhar. Aos 12, em chute forte, Thiago Neves incendiou o estádio mais importante do futebol mineiro.

Nas voltas seguintes dos ponteiros do relógio, o que se viu foi os comandados de Renato Portaluppi mais conscientes e levando o resultado para os vestiários.

Segundo tempo

Na segunda etapa, a partida ganhou muita emoção e contornos de decisão entre os dois maiores vencedores da Copa do Brasil. Com a entrada de Raniel no lugar de Elber, os donos da casa foram pra cima desde o primeiro minuto. Aos cinco, veio a recompensa para os tetracampeões.

Após cruzamento na área, o volante Hudson subiu mais que os adversários e balançou as redes. O tento, que deixava tudo igual no placar agregado - o Grêmio venceu o jogo de ida em Porto Alegre por 1 a 0 - fez o Mineirão explodir de alegria.

Nos minutos seguintes, só deu Cruzeiro. A sintonia entre arquibancada e campo se tornou impressiontante. Acuado, coube ao time gremista se resguardar para não levar o segundo gol.

Aos 17 minutos, em belo voleio, o jovem Raniel, quase fez a festa aumentar. A bola, caprichosamente, passou sobre o travessão de Marcelo Ghroe.

Marcando a saída de bola do adversário o Cruzeiro teve domínio das ações. A tranquilidade, antes do rival, foi transferida para os donos do espetáculo em terras mineiras.

Em relação ao marcador, contudo, nada mudou. Ao final dos 90 minutos, tudo igual. A decisão sairia mesmo nas cobranças por pênaltis.

FICHA DO JOGO

CRUZEIRO 1 (3) X (2) 0 GRÊMIO

Semifinal da Copa do Brasil 2017 (jogo da volta)

CRUZEIRO - Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson (Rafael Sóbis) e Robinho; Élber (Raniel), Alisson (Arrascaeta) e Thiago Neves). Técnico: Mano Menezes

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Edílson, Bressan (Bruno Rodrigo), Kannemann e Cortez; Michel, Arthur e Ramiro (Fernandinho); Luan, Pedro Rocha e Lucas Barrios (Everton). Técnico: Renato Gaúcho

GOL: Hudson, aos 7 minutos do segundo tempo
PÊNALTIS: Rafael Sóbis, Raniel e Thiago Neves; Fernandinho e Arthur
ARBITRAGEM: Wagner do Nascimento Magalhães, auxiliado por Rodrigo Corrêa e Thiago Henrique Farinha (RJ)
CARTÕES AMARELOS: Diogo Barbosa, Thiago Neves e Hudson; Barrios, Cortez, Edílson e Kannemann
LOCAL: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
PÚBLICO: 50.243 torcedores pagantes
RENDA: R$ 1.730.781,00

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