Com sanções, federações aprovam a realização da Primeira Liga em assembleia

Hoje em Dia*
27/10/2015 às 17:52.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:14
 (Reproduçao)

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A polêmica e aguardada assembleia com os presidentes das federações de futebol terminou com a aprovação da Primeira Liga. Contudo, diversas ressalvas com relação ao torneio foram feitas nesta terça-feira (27) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Com aprovação unânime dos representantes das 27 entidades estaduais, algumas mudanças foram "sugeridas" pelos mandatários presentes, para que o novo torneio se encaixe no calendário brasileiro.

O CEO da Liga Sul-Minas-Rio Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético, já havia desqualificado o encontro, por entender que ele fere a Lei Pelé, por não contemplar representantes dos clubes. Na semana passada ele afirmou que  "a casa dos 7 a 1 não quer saber do futebol brasileiro", refereindi-se À CBF.

"Do jeito que está hoje, objetivamente, não é possível entrar no calendário nacional, não é possível homologar uma vinculação que, na nossa avaliação, não está respeitando os trâmites adequados", disse o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, logo após o encontro entre os cartolas das federações.

"(A assembleia) Não se opõe à Copa Sul-Minas-Rio, não se opõe à vinculação ou homologação de uma liga, desde que a legislação brasileira, internacional, os estatutos, os calendários sejam respeitados. Nós não podemos abrir mão disso. Fazer de qualquer jeito não é um bom caminho", insistiu Feldman.

Segundo o que foi "decidido" na assembleia, a Primeira Liga não poderá adotar o sistema de convites, devendo ser estabelecidos critérios técnicos para definir os participantes. Além disso, a pré-temporada e os 30 dias legais de férias deverão ser respeitados. Com isso, nenhuma data poderá coincidir com jogos dos estaduais.

"O que a CBF disse é que existem condições técnicas que devem ser observadas, tais como respeito ao calendário, férias para os atletas, pré-temporada, intervalo entre partidas, questões de STJD, arbitragem e todas essas questões que envolvem os bastidores dos grandes campeonatos. Tudo isso tem que ser deliberado entre a diretoria de competições da CBF e a diretoria de competições da recém-criada Liga Sul-Minas-Rio. A CBF tem que avaliar a possibilidade técnica de se atender o calendário tal qual foi divulgado. Faltam agora esses ajustes técnicos que devem acontecer nos próximos dias", afirmou em discurso durante a assembleia, reproduzido pelo blog Bastidores FC, do Globoesporte.com, o presidente da Federação Mineira, Castellar Neto.

A existência da Liga enquanto entidade também foi aprovada, desde que em acordo com os regulamentos da Fifa, da CBF e da Conmebol.

O calendário oficial foi divulgado nessa segunda-feira (26), juntamente com os grupos e o sistema de disputa. Serão cinco datas, com três chaves de quatro times. Os primeiros, mais o melhor segundo colocado, se classificam para a semifinal, disputada em jogo único. A grande decisão também será em apenas uma partida.

Rompimento com Kalil

Apesar de não usar o termo rompimento, Walter Feldman deixou claro que a CBF não pretende mais discutir a liga e sua competição com o CEO Alexandre Kalil. "Nós acreditamos que a relação da CBF, do ponto de vista institucional, tem que ser com federações e clubes. Me parece um caminho mais adequado, porque eles na verdade estão na essência do problema", afirmou.

"Eu não posso negar que o Alexandre Kalil foi bastante agressivo, dizendo inclusive que a liga sairia de qualquer jeito. Não dá, no futebol, para ter uma atividade tão complexa de qualquer jeito. Tudo precisa ter uma sintonia."

(*)Com Estadão Conteúdo

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