Comitê Rio-2016 promete aumentar segurança após incidente com ônibus

Estadão Conteúdo
10/08/2016 às 15:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:17
 (AFP/LA NACION/MAXIMILIANO AMENA/ENVIADO ESPECIAL)

(AFP/LA NACION/MAXIMILIANO AMENA/ENVIADO ESPECIAL)

O Comitê Rio-2016 garantiu nesta quarta-feira (10) que já tomou medidas para aumentar a segurança dos participantes da Olimpíada após "objetos contundentes", na versão da Secretaria de Estado de Segurança, terem sido arremessados, na última terça-feira, contra um ônibus oficial para transporte de pessoas que atuam no evento.

"Vamos aumentar o policiamento. A segurança precisa melhorar", disse Mario Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016. Mas os organizadores não irão colocar escoltas nos ônibus oficiais. "Intensificamos o patrulhamento. Acreditamos que foi um ato de vandalismo. E não criminoso", insistiu Luiz Fernando Corrêa, responsável pela segurança do Rio-2016.

Na ação, vidros de janelas foram quebrados, e dois jornalistas foram feridos pelos estilhaços. Tanto as autoridades, assim o Comitê Rio-2016, descartam que o veículo tenha sido atingido por balas. Passageiros do veículo, que fazia o trajeto entre a Arena da Juventude, em Deodoro, e o Parque Olímpico da Barra pensaram no momento do incidente que eram tiros.

Uma das jornalistas que estava no ônibus, a norte-americana Lee Machael não acredita na versão da pedra. "Se ele me mostrar uma perícia com técnica científica, irei pedir desculpas", afirmou a repórter, que diz ter feito parte da Força Aérea dos Estados Unidos. "Não vimos nenhuma pedra ", insistiu.

Ela ainda apontou para uma série de falhas, inclusive a falta de atendimento aos feridos. "Quando ocorreu o incidente, o motorista acendeu as luzes, o que nos tornou alvos", alertou. Segundo ela, não havia um kit de primeiros socorros no local e ela ajudou os feridos com sua garrafa de água. Ela também apontou que o motorista reduziu sua velocidade quando o ônibus foi atacado. "Gritamos com ele para que ele acelerasse, e não o contrário", contou.

Andrada, porém, apontou que o motorista agiu "na emoção" e admitiu que um treinamento teria evitado esse comportamento. "Se isso ocorreu, pedimos desculpas", afirmou.

Nos últimos dias, assaltos, roubos e problemas com algumas delegações transformaram a questão da segurança em um dos principais obstáculos para os organizadores. Corrêa admitiu que seria uma "utopia" querer que não ocorressem incidentes no Rio de Janeiro. Mas ele também reconheceu" problemas na implementação dos planos de segurança".

Para o chefe de segurança do Rio-2016, dados oficiais mostram que a criminalidade na cidade foi reduzida, embora não tenham sido apresentados.

Andrada ainda foi cobrado por jornalistas estrangeiros sobre sua declaração de que, durante a Olimpíada, o Rio seria a cidade mais segura do mundo. "Não me arrependo de ter tido isso. Se deixarmos a bola cair na segurança, essa é nossa missão de deixar o Rio a cidade mais segura do mundo", afirmou.

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