(Ed.Arte)
O final de 2017 marca exatamente cinco temporadas completas de Atlético e Cruzeiro mandando seus jogos em estádios diferentes. E a partir desta terça-feira (12), o Hoje em Dia inicia uma série que mostrará exatamente quanto cada clube lucrou com as suas escolhas.
O período é marcante para o futebol mineiro, pois seis títulos importantes foram conquistados pela dupla, três por cada um. O Galo faturou a Libertadores (2013), a Recopa Sul-Americana (2014) e a Copa do Brasil (2014). Além disso, foi vice da Série A (2015) e da Copa do Brasil (2016).
O Cruzeiro se consolidou no grupo dos maiores campeões nacionais faturando o bi do Brasileirão (2013 e 2014) e uma Copa do Brasil (2017), competição em que foi vice em 2014.
Na sexta-feira (15), o total de cada competição será somado e o torcedor terá a chance de saber quantas mil pessoas o Atlético levou ao Horto, de 2013 a 2017, e o Cruzeiro à Pampulha.
Será neste dia também que será detalhada a dívida do Cruzeiro com o Mineirão pelo não pagamento de taxas de utilização por mais de três anos. Hoje, este valor é de cerca de R$ 14 milhões.
LIBERTADORES
Para começar a série, não há competição melhor que a Copa Libertadores, objeto de desejo dos torcedores sul-americanos.
Único clube brasileiro a participar das últimas cinco edições, o Atlético jogou 24 vezes pela competição em Belo Horizonte. Foram 21 jogos no Independência, onde o clube é um dos administradores comerciais, numa parceria com a Lu Arenas, e três no Mineirão.
No Horto, o Galo teve 402.144 pagantes, média de 19.149. No Mineirão, 128.606, média de 42.868.
Pode-se dizer que a partida mais importante de todas, a final de 2013, quando o Atlético bateu o Olimpia, do Paraguai, e conquistou a América, provoca uma desproporção.
Mas quando se faz uma comparação com o Cruzeiro, percebe-se que os 56.557 pagantes daquele 24 de julho de 2013 (e seriam muitos mais, caso o estádio tivesse capacidade) estão muito próximos dos 54.898 torcedores da goleada de 3 a 0 sofrida pela Raposa, para o River Plate, da Argentina, nas quartas de final da Libertadores de 2015.
Sem disputar nenhuma competição internacional em 2013 e 2016, o Cruzeiro fez apenas 11 jogos internacionais no período, sendo dez pela Libertadores e um pela Sul-Americana.
E os 360.680 pagantes garantem ao clube uma média de 32.789 torcedores por jogo.
RECORDE
Quando se trata de arrecadação, só é possível ter acesso à renda bruta dos jogos, pois a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) não divulga os borderôs das partidas válidas por suas competições, o que é obrigado por lei apenas nos torneios nacionais.
Os 24 jogos de Libertadores do Galo a partir de 2013 renderam ao clube quase R$ 43,5 milhões. Um terço deste valor foi arrecadado na final contra o Olimpia, que até este ano era o recorde nacional com R$ 14.176.146,00.
A marca foi ultrapassada no jogo Brasil 3 x 0 Chile, pelas Eliminatórias, no Allianz Parque, que teve renda de R$ 15.118.391,02.
No geral, os dois clubes têm médias de renda bruta próximas, com o Atlético arrecadando quase R$ 340 mil a mais por jogo que o rival.
Como o universo de jogos é desproporcional, o Galo faturou bruto quase três vezes mais que o Cruzeiro com competições internacionais de 2013 a 2017.
NO BOLSO
Na média, o atleticano pagou R$ 81,91 para ver o seu time em campo, em Belo Horizonte, pela Libertadores.
Naquela final contra o Olimpia, o preço médio do ingresso foi de R$ 250,65.
O cruzeirense pagou bem menos para ver seu time, até porque, o máximo que ele chegou na Libertadores foi às quartas, em 2014 e 2015.
O preço médio do ingresso do Cruzeiro nas competições internacionais, e nesta conta entra a Sul-Americana deste ano, é de R$ 44,97.
Ano que vem essa disputa segue. Amanhã, após a decisão da Copa Sul-Americana, saberemos se para os dois lados, pois se o Flamengo for o campeão, o Atlético disputará a Libertadores pela sexta vez consecutiva em 2017.
Nesta quarta-feira (13): os números em competições nacionais e interestaduais