Cria do futebol de várzea de BH, atacante Bruno Henrique faz outro 'carnaval' contra o Atlético

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
13/07/2017 às 00:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:32
 (ANDRÉ YANCKOUS/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ANDRÉ YANCKOUS/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)

O atacante de 4 milhões de euros (R$ 13,5 milhões) carrega no sangue o terrão da várzea. Criado no futebol amador de Belo Horizonte, o ponta Bruno Henrique voltou à cidade natal para ser um pesadelo particular na vitória do Santos contra o Atlético, nesta quarta (12), pela 13ª rodada do Brasileirão.

Com Marcos Rocha no seu calcanhar, o camisa 27 do Peixe acabou deixando o vitorioso lateral-direito na saudade inúmeras vezes no confronto contra o time de seu coração na infância. Bruno foi criado na Vila Tiradentes, no Bairro Concórdia. Seu pai e avô moram lá até hoje, numa casa à beira do campo de terra do Inconfidência.

Foi com o time da "estrela solitária" na várzea de BH que Bruno demonstrou seu talento. Alto e rápido, combinação nem sempre comum, o jogador foi a principal arma do Santos no Independência. Mesmo que o time visitante tenha conseguido a vitória no gol de falta de Daniel Guedes. Mas foi nos pés de Bruno que nasceu jogadas de perigo do Santos, por exemplo, nos dois gols falhados por Vecchio.

O pênalti desperdiçado por Kayke no primeiro tempo também só aconteceu graças à habilidade do jogador belo-horizontino. Bruno Henrique colocou Rocha pra correr, freou, cortou o lateral novamente e sofreu o pênalti. No segundo tempo, fez novos carnavias para cima do lateral, mas passou a ter a cobertura fechada pelo zagueiro Bremer. 

Para o técnico Roger Machado, era inevitável que Bruno Henrique explorasse sua velocidade e vencesse os duelos contra Marcos Rocha. Mas o discurso do treinador do Galo de amenizar a disputa bastante desigual, mesmo tendo o jovem zagueiro Bremer aparecido no segundo tempo para amenizar os efeitos do camisa 27.

"Houve a cobertura sempre atenta do Bremer que fez a cobertura do Rocha em alguns momentos. A cobertura e o encurtamento do jogador a frente do Rocha para não lançar o contra-ataque. Mas é virtude do adversário. O Rocha não ganharia todas as jogadas. O Bruno é muito rápido. Numa decisão reativa dentro da área, aconteceu a penalidade. Mas também tivemos uma vantagem pelo lado esquerdo por estar com jogadores de características assim, com o Marlone muito bem dentro do campo. Mas a derrota não aconteceu só por causa dessa questão", disse Roger.  

Contratado por 4 milhões de euros pelo Santos junto ao Wolfsburg-ALE, Bruno já havia brilhado no Independência contra o Atlético em 2015. Quando defendia o Goiás, o jogador deu uma assistência e fez um gol no duelo entre alvinegros e esmeraldinos empatado em 2 a 2 (veja abaixo).

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por